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Índice de Preços ao Produtor (IPP) bate recorde no ano

Nos alimentos, houve alta pelo sexto mês e fertilizantes e defensivos também se destacam


Foto: Pixabay

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) bateu um recorde de alta em 2021, com elevação de 28,39%, segundo dados divulgados pelo IBGE. O IPP se refere às Indústrias Extrativas e de Transformação e mede os preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes, e abrange as grandes categorias econômicas: bens de capital, bens intermediários e bens de consumo (duráveis, semiduráveis e não duráveis). 

O índice envolve não somente produtos alimentícios oriundos do agronegócio mas também outras 23 atividades industriais como  indústrias extrativas, metalurgia, químicos, equipamentos de transporte e indústria de madeira.

O acumulado no ano representa o maior valor para um ano desde o início da série histórica, em 2014. Este valor é 9,01 pontos percentuais (p.p.) maior que o registrado no acumulado de 2020, dinâmica seguida por seis das 24 atividades industriais investigadas pela pesquisa. Entre as atividades que fecharam o ano com as maiores variações, destacam-se: refino de petróleo e biocombustíveis (69,72%), outros produtos químicos (64,09%), metalurgia (41,79%) e madeira (40,76%).

No setor de alimentos, pelo sexto mês consecutivo, houve alta de preços (2,09%), na comparação com o mês anterior. Com isso, pelo terceiro ano consecutivo, a variação anual fechou acima de 10%: em 2019, 10,14%; em 2020, 30,40%; e, agora, 18,57%. A variação acumulada em 2021 do setor foi a 13ª. entre as 24 que compõem a indústria.

Apenas carnes de bovinos frescas ou refrigeradas e resíduos da extração de soja, aparecem, na perspectiva mensal, tanto na lista de produtos que figuram entre as variações mais intensas quanto na de influência do índice.

Os grupos com variações acima da taxa setorial, frente a novembro, foram fabricação de óleos e gorduras vegetais e animais (4,15%) e fabricação e refino de açúcar (3,82%). Já na perspectiva anual, o setor de maior variação foi torrefação e moagem de café (67,27%), que sofreu forte impacto do inverno rigoroso, com geada, seguido de fabricação e refino de açúcar (39,91%). Os dois foram os únicos cuja variação esteve acima da setorial.

Além do clima, que prejudicou a produção de cana-de-açúcar e café, por exemplo, fatores como a demanda internacional (com efeito em açúcar, derivados de soja e carnes) e o câmbio (depreciação do real em 9,8%, no ano) ajudam a explicar o movimento dos preços em 2021.

Outro destaque aparece na indústria química, onde no grupo “fabricação de defensivos agrícolas e desinfestantes domissanitários”, houve alta de 1,26% no mês, acumulando desta forma 19,06% no ano. Houve aumento de preços em todos os três representantes do grupo de produtos químicos inorgânicos (“adubos ou fertilizantes à base de NPK”, “superfosfatos” e “ureia”). Os produtos que mais influenciaram os resultados em 2021 foram: “adubos ou fertilizantes à base de NPK”, “adubos ou fertilizantes minerais ou químicos, fosfatados”, “polipropileno (PP)” e “superfosfatos”. Todos tiveram variações positivas.

 

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