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Indústria avícola dos EUA se beneficiará de peste suína

Especialista acredita que EUA podem superar o Brasil


Foto: Pixabay

A indústria avícola dos Estados Unidos, desde os produtores até os exportadores, deve se beneficiar com a escassez de proteína causada pela peste suína africana que assolou a Ásia e agora se espalha pela Europa. Foi isso que afirmou Nan-Dirk Mulder, especialista global em proteínas para o Rabobank. 

Em uma apresentação, Mulder expôs um caso em que o maior impacto da peste suína é o aumento do interesse nos mercados de aves. Mulder vê que a queda na produção de suínos resultou em mais demanda por aves e maior produção de frango em todo o mundo. 

“É o maior período de interrupção em muitos anos. Desde 2018, o ASF se espalhou pela China, resultando em uma queda na produção (de carne de porco) de 25% em 2019. Espera-se uma queda adicional de 50% este ano na China. Isso tem um enorme impacto nos mercados globais porque a China tem uma escassez de proteínas. A doença já se espalhou para outras partes da Ásia, como Vietnã, Filipinas e Laos”, disse Mulder. 

Embora o Brasil seja o país mais competitivo no mercado de aves, com o maior crescimento das exportações nos últimos anos, Mulder acredita que os EUA também devem se beneficiar. “Precisamos produzir mais proteína. Precisamos de mais suprimentos e haverá mais oportunidades de investimento em aves. Os asiáticos estão investindo primeiro e a China já investiu 50% mais na produção de frango, o Vietnã cresce de 10% a 15%”, acrescentou. 

Em 2019, as exportações de aves e produtos avícolas dos EUA totalizaram US $ 4,25 bilhões, quase o mesmo que as vendas de 2018, completou o especialista. 

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