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Indústria de Café Canecão amplia participação do premium



A indústria Café Canecão, torrefadora com forte presença no varejo da região de Campinas (SP) e com participação de 3% do mercado paulista, busca ampliar a base de consumo de bebida fina feita a partir de blend tipo exportação. A decisão de transformar o café exportação, vendido em grãos para três mil pontos de venda, em café torrado e moído em embalagens de 250 e 500 gramas, tem como objetivo elevar a fatia de receita oriunda do mercado de cafés de primeira linha. Segundo informa Natal Martins, diretor comercial da empresa, só 3% das 160 toneladas de café produzidas da torrefadora atualmente, estão na categoria de bebida premium. A queda na renda do consumidor brasileiros nos últimos anos produziu um efeito negativo no setor. A decisão da Canecão em alargar o consumo de cafés feitos a partir de uma mistura de grãos de café arábica selecionados pode elevar a lucratividade. Novos produtos O mercado de café conhecido como tradicional exige das torrefadoras grandes volumes, ao passo que no segmento de café tipo exportação a remuneração por quilo do produto comercializado é maior. "A margem percentualmente é a mesma, mas o valor é maior dado o preço de um café com valor agregado maior", afirma o diretor. A meta da empresa é elevar de 3% para 10% o volume de café que dão bebida superior com a decisão de buscar clientes para produtos mais nobres quanto a possibilidade de fechar contratos de exportação. A Indústria de Café Canecão já tem um parceiro estratégico na Flórida (Estados Unidos) para negociar o café da empresa no mercado norte-americano, onde se consome por ano cerca de 18 milhões de sacas de café por ano. O Brasil deve consumir este ano cerca de 14,5 milhões de sacas. A estratégia da Canecão em criar uma versão de café tipo exportação para coador, para ser feito em casa, tem como base de sustentação um paradoxo do próprio mercado. Nos pontos de venda, o consumidor paga em média R$ 1 por uma xícara de café. "Se o consumidor paga esse valor por uma xícara, por que não pode pagar R$ 6 a R$ 7 por um pacote de meio quilo para tomar em casa?", questiona Natal. Para evitar uma rejeição inicial em relação ao custo, a Canecão deverá estimular inicialmente o encaixe do café em embalagens de 250 gramas no mercado. Com a metade do preço da embalagem de 500 gramas, a empresa acha que poderá vencer a resistência do consumidor em adquirir um produto mais caro, informa. "O mercado consumidor de café tem mudado. Há indicações claras de que o mercado de cafés mais finos tem crescido", afirma o diretor da empresa. Pontos-de-venda Para alcançar este consumidor, a empresa prepara uma campanha nos pontos-de-venda. Criou um display com uma campanha que busca estimular o consumidor a levar para casa o mesmo café que está tomando no balcão de uma cafeteria. É atrás deste movimento de consumo que o Canecão está. Das 160 toneladas de café industrializado vendidas por mês pela empresa, cinco toneladas são de café tipo exportação, entregues aos pontos de venda. Deste total, cerca de quatro toneladas estão na região de Campinas (SP). Oferta terceirizada Junto com o café expresso para coador, a Canecão colocará no mercado o café solúvel. A fabricação deste produto é terceirizada. A empresa tem um contrato com a Companhia Iguaçu de Café Solúvel, do Grupo Marubeni, localizada no município de Cornélio Procópio (PR). A meta é comercializar 10 mil unidades do produto por mês. O plano de crescimento da Café Canecão tem como meta processar 10 mil sacas de café até o ano de 2010. Hoje, a marca processa entre 3,2 mil a 3,3 mil sacas por mês. A postura da Canecão é promover este crescimento gradualmente. A razão é simples: falta de capital de giro capaz de fazer frente a grandes crescimentos. "Trabalhamos num mercado em que a compra dos grãos exige o pagamento à vista e a venda ao varejo exige a negociação de prazos", afirma. A expansão pretendida pela empresa, que deve fechar o ano com faturamento de R$ 12 milhões, ocorrerá com exportação, avanço na região da Grande São Paulo e no interior do estado. Segundo a empresa, o expresso ganha embalagem em alto vácuo nas versões 500 g e 250 g e expectativa de vendas do produto é de duas toneladas/mês.

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