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Indústria do Sudeste regsitra avanço em todos os Estados com excessão de São Paulo


Com produção em alta na indústria para os Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, o Sudeste mostrou, na avaliação do IBGE para o ano de 2002, que ainda tem fôlego e continua sendo uma das principais regiões do país, com excessão de São Paulo que registrou queda, depois de dois anos consecutivos de ganhos.

Indústria de Minas Gerais continua a crescer

A indústria mineira encerrou o ano de 2002 com crescimento de 0,5% em relação ao ano anterior e de 7,5% no indicador mensal.

Com relação a igual mês do ano anterior, a produção industrial avançou 7,5% em dezembro, completando cinco meses consecutivos de alta neste tipo de comparação. A extrativa mineral (29,1%) manteve a produção em ritmo acelerado. Quanto ao desempenho da indústria de transformação (6,4%), apenas seis dos dezesseis ramos industriais pesquisados foram responsáveis pela expansão do setor, com destaque para: metalúrgica (17,6%), química (6,9%), perfumaria, sabões e velas (149,61%), e material elétrico e de comunicações (12,3%). As principais influências negativas vieram de: produtos alimentares (-2,3%), material de transporte (-5,9%) e minerais não metálicos (-5,1%).

Em 2002, a indústria mineira conseguiu recuperar-se com maior intensidade no final do ano, fechando janeiro-dezembro com modesto crescimento (0,5%). Mesmo baixo, o resultado foi melhor que o de 2001 (-0,3%). Setorialmente, metalúrgica (1,6%), têxtil (11,6%) e extrativa mineral (7,2%) foram os ramos que deram sustentação ao crescimento da indústria, mas seu impacto foi contrabalançado pela queda em material de transporte (-10,7%) e química (-2,4%).

Espírito Santo tem a maior produção industrial desde 1992

O estado do Espírito Santo encerrou o ano de 2002 como líder em crescimento da produção industrial regional. Em bases mensais, a produção cresceu 31,3%, e a taxa anual ficou em 12,9%. Na comparação entre semestres, verifica-se que no segundo (21,6%), a indústria superou em larga margem o desempenho do primeiro (4,0%).

Em dezembro de 2002, a produção industrial capixaba manteve o ritmo acelerado. A extrativa mineral (80,8%) foi a principal responsável pelo bom desempenho da indústria geral, contribuindo com mais de vinte pontos percentuais. Embora tenha diminuído seu ímpeto de crescimento na comparação com o mês passado (25,3%), a indústria de transformação cresceu 14,6% e foi, em grande parte, favorecida pelo bom desempenho dos ramos: papel e papelão (42,8%), química (122,4%) e metalúrgica (5,8%).No campo negativo, o destaque coube a produtos alimentares (-14,7%).

A produção acumulada (janeiro-dezembro) fechou o ano de 2002 com crescimento de 12,9% frente ao ano anterior. A taxa anual, que é a mais elevada desde o início de sua série histórica, em 1992, recebeu contribuição decisiva da indústria extrativa mineral (21,3%).

Rio de Janeiro apresenta o melhor desempenho desde 1987

Em dezembro, a indústria do Rio de Janeiro registra queda de 0,7% na produção em confronto com igual mês do ano anterior, mas este é o único resultado negativo observado em 2002 neste tipo de comparação. A produção industrial mostra o décimo crescimento anual consecutivo. A expansão, de 10,1%, é o melhor resultado desde 1987.

No comparativo dezembro 2002/dezembro 2001, o recuo global de 0,7% foi determinado pela redução de 8,0% observada na extrativa mineral, principal setor da estrutura industrial fluminense. A indústria de transformação mostra o sétimo aumento consecutivo (9,5%) no confronto mensal, impulsionada pelos acréscimos assinalados pela química (14,0%) e metalúrgica (14,0%). Do lado negativo, o principal impacto na formação da taxa da indústria de transformação vem do setor de matérias plásticas (-20,8%).

A indústria fluminense encerra 2002 com um aumento de 10,1% na produção, que lhe dá o segundo lugar em nível regional. O setor extrativo mineral, com expansão de 15,2%, responde, mais uma vez, pela maior contribuição positiva no resultado global. Já a indústria de transformação apresenta a primeira taxa anual positiva (crescimento de 4,1%) após sete anos consecutivos em queda.

Para o desempenho favorável da indústria de transformação em 2002, contribuíram seis dos quinze subsetores investigados com destaque, em termos de influência, para metalúrgica (13,5%) e química (5,0%). Entre os nove setores em queda, material elétrico e de comunicações (-21,7%) exerce a maior pressão.

Indústria de São Paulo tem queda após dois anos de resultados positivos

Em dezembro, a produção industrial de São Paulo cresce 7,4% e avança pelo terceiro mês consecutivo no confronto com igual mês do ano anterior. No fechamento de 2002, no entanto, há uma queda de 1,1%, após dois anos consecutivos de aumento: 6,5% em 2000 e 2,5% em 2001.

A expansão de 7,4% observada no comparativo dezembro 2002/dezembro 2001 reflete o predomínio das taxas positivas verificadas em doze dos dezenove setores investigados. As indústrias do complexo metal-mecânico - com exceção de material elétrico e de comunicações, que se retrai 2,7% - são as que mais influenciam positivamente na formação da taxa global: mecânica (20,2%), metalúrgica (16,5%) e material de transporte (18,8%). A indústria farmacêutica, com queda de 16,2%, é o setor que mais pressiona para baixo o resultado global.

A indústria de São Paulo fecha 2002 com uma redução de 1,1% frente ao ano anterior, desempenho inferior ao observado no total do país (2,4%). Embora a maioria (onze) dos setores pesquisados tenha apresentado crescimento na produção, o resultado obtido por material elétrico e de comunicações (-20,7%) determinou o desempenho global negativo do ano. Entre as indústrias que mostram expansão, produtos alimentares (5,9%) e química (1,9%) exercem o maior impacto.

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