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Indústria nega reajuste para o fumo

A reunião entre fumicultores e indústria, para negociar o preço do tabaco frustrou a expectativa dos produtores


A reunião entre os fumicultores e a indústria fumageira que ocorreu nessa terça-feira (30-01), em Porto Alegre (RS), para negociar o preço do tabaco na safra 2006/2007 frustrou a expectativa dos produtores. O setor solicitou a reposição de 15,8% sobre os índices praticados em 2006. Com a elevação, o preço médio do fumo passaria para R$ 5,41 o quilo ou R$ 81,15 a arroba. O índice foi rejeitado sem a apresentação de contra-proposta, permanecendo em vigor os parâmetros fixados no ano passado. Nossa expectativa era ter, ao menos, uma negociação. Mas isso não houve. Foi uma falta de consideração com os produtores, disse o vice-presidente da Fetag, Sérgio de Miranda.

De acordo com o presidente da Afubra, Heitor Petry, o reajuste solicitado reflete a média do preço pago ao produtor nos últimos sete anos, e seria uma recompensa ao esforço do agricultor em produzir um fumo de qualidade. Todo mundo saiu insatisfeito, assegurou.

O Sindifumo, no entanto, alega que a decisão tomada pela indústria deve-se às dificuldades enfrentadas pelo segmento nos últimos anos como os estoques baixos e a situação tributária. Estamos fazendo um esforço em manter a mesma tabela da safra passada. O índice pedido não condiz com a estabilidade que estamos vivendo, afirma o presidente do Sindifumo, Iro Schünke.

A Comissão Estadual do Fumo da Fetag deve se reunir nos próximos dias para avaliar os resultados da reunião. Miranda garante que a federação tentará alinhavar outra negociação com a indústria fumageira. Porém, não descarta a possibilidade de manifestações e mobilizações. A Afubra também deverá reavaliar a situação e analisar novas iniciativas pelo preço do produto no Rio Grande do Sul.

O Sindifumo estima que a safra 2006/2007 de tabaco chegue a 744 mil toneladas, ante as 715 mil toneladas previstas no início da colheita, no final do ano passado. Embora a projeção seja menor do que as 775 mil toneladas comercializadas na safra 2005/2006, o produto promete apresentar maior qualidade. Vamos ter uma área de 12% a 13% menor do que no ano passado, mas com um aumento de produtividade, diz o presidente.

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