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Indústrias do PR planejam dobrar produção de álcool até 2008


As indústrias de álcool do Paraná triplicaram as exportações. Estima-se que a safra 2004/2005 termine com um volume de 140 milhões de litros vendidos para Estados Unidos, Japão, Inglaterra e outros países da Europa, contra 41 milhões de litros na safra 2003/2004. A tendência de crescimento do mercado externo mexe com os produtores paranaenses, que pretendem dobrar a produção até 2008. Já no mercado interno, o consumidor sente o aumento da demanda no bolso e paga caro pelo álcool produzido na região.

Em agosto de 2004, o litro do álcool na bomba era vendido em Maringá por R$ 1,27. No mês passado, depois do último aumento os preços oscilavam entre R$ 1,47 e R$ 1,59. De acordo com levantamento da Agência Nacional de Petróleo houve um aumento na margem bruta média de revenda, além de ter ocorrido um aumento atípico nas unidades produtoras, causado por instabilidades climáticas nas áreas de plantio, aumento das exportações e também no crescimento da demanda no mercado interno, depois do aparecimento dos carros bicombustíveis.

O superintendente da Associação de Produtores de Álcool e Açúcar do Estado do Paraná (Alcopar), José Adriano Dias, nega que a exportação tenha influído nos preços, mas admite que as condições climáticas causaram menor rendimento na cana. “As indústrias moeram mais, mas produziram menos açúcar e álcool; em média, cinco quilos a menos de açúcar por tonelada de cana”, conta o superintendente da entidade que representa as 27 indústrias de álcool e açúcar da região Norte do Paraná.

Em conjunto com o governo do estado e de olho no mercado externo, a Alcopar pretendem dobrar a produção de álcool. Com isso as plantações de cana-de-açúcar que ocupam hoje 330 mil hectares, 2% das terras agricultáveis do Paraná, devem passar a ocupar 480 mil ha, 3% das plantações. Pretende-se alcançar uma produção de 2,4 bilhões de litros de álcool daqui a três anos. “O aumento será destinado à exportação; temos um mercado potencial que precisa ser atendido”, avalia José Adriano Dias.

O aumento na produção também deve elevar o número de empregos nas plantações de cana e nas indústrias de álcool. Atualmente, o setor gera 70 mil empregos diretos. “Com a expansão, a expectativa é que sejam gerados mais de 16 mil empregos nos próximos anos, um crescimento de 23%”, comemora o superintendente da Alcopar.

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