Indústrias reduzem fabricação de leite em pó
CNA aguarda posição do Ministério da Agricultura sobre impasse no setor
Indústrias que produzem leite em pó no Estado redirecionaram 20% da matéria-prima para fabricação de longa vida. A estratégia é motivada pela queda de preço do alimento desde novembro e pela expectativa de crescimento das vendas do UHT após o verão. Outro fator é o aumento de 135,57% nas importações em janeiro em relação ao mesmo período de 2008. A maior parte das cargas veio da Argentina, o que levanta suspeita de triangulação. Para o secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, o governo precisa proteger o mercado.
Em 90 dias, o preço do quilo do leite em pó no atacado caiu 40% no Estado e chegou a R$ 6,00. O RS tem capacidade instalada para produzir 3 milhões de t por dia. Até a reversão, um milhão de toneladas estavam sendo industrializadas, estima o presidente da Associação Gaúcha dos Laticinistas, Ernesto Krug.
Nesta semana, o leilão da Fonterra esboçou recuperação, com preços 16% superiores ao anterior, de 2,1 mil dólares a tonelada. Ainda assim, a CCGL, de Cruz Alta, continuará a priorizar a captação para leite UHT, em função da entressafra, explica o presidente Caio Vianna.
O preço no campo está estável desde janeiro. Para o presidente da Fetag, Elton Weber, isso deve-se ao encolhimento da produção, ao fato de poucas cooperativas trabalharem com leite em pó e de o produto ter representatividade secundária.
A CNA pediu investigação do Ministério da Agricultura sobre a triangulação. Além disso, sugeriu Tarifa Externa Comum (TEC) de 30% para produtos de países de fora do Mercosul. O Mapa deve se posicionar nos próximos dias. Segundo líderes, a Argentina poderia estar importando da União Europeia e Nova Zelândia e revendendo ao Brasil por preço abaixo do custo.
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