Infestação da planta maria-mole no Rio Grande do Sul
Pesquisa calcula infestação de maria-mole em Eldorado do Sul
Foto: Divulgação
Na semana passada, produtores rurais de Eldorado do Sul tiveram acesso aos resultados de uma pesquisa conduzida pelo Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Saúde Animal Desidério Finamor (IPVDF), em colaboração com a Emater/RS-Ascar. O IPVDF, vinculado ao Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDPA/Seapi), divulgou informações sobre a emergência e infestação da planta maria-mole (Senecio sp.) na região.
Durante o evento, o pesquisador Fernando Castilhos Karam, do Laboratório de Histopatologia do Instituto, apresentou os resultados obtidos ao longo do ano, após uma palestra sobre o impacto das plantas tóxicas na pecuária. “Plantas do gênero Senecio são as mais importantes no Rio Grande do Sul sob o ponto de vista toxicológico, causando graves prejuízos à cadeia produtiva da bovinocultura. Há uma perda estimada de 30 mil a 42 mil cabeças ao ano, por intoxicação proveniente da ingestão de diferentes espécies de Senecio. A letalidade é praticamente de 100%”, explica o pesquisador.
Os dados revelaram uma infestação considerada muito alta em todas as propriedades participantes de Eldorado do Sul, com a predominância da espécie Senecio madagascariensis.
Por suas características fenológicas e ambientais, essa planta se tornou a principal causa de morte de bovinos no Estado, competindo em algumas regiões com a Tristeza Parasitária Bovina (TPB).
A mesma pesquisa está programada para ser realizada no município de Guaíba em 2024. "O estudo tem potencial para ser aplicado em outras áreas, já que a planta está presente em todo o Estado e há uma demanda significativa para o Laboratório de Histopatologia do IPVDF, especialmente em casos de suspeita de seneciose", concluiu Karam.
