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Infocafé de 04/02/21

A moeda norte-americana avançou 1,47%


Foto: Pixabay

N.Y. finalizou a quinta-feira com leve alta, a posição março oscilou entre a mínima de -3,75 pontos e máxima de +0,75 fechando com +0,10 pts.

A moeda norte-americana avançou 1,47%, cotada a R$ 5,4491. No exterior, dados de emprego da ADP mostraram na quarta um aumento na criação de vagas nos EUA, enquanto dados do ISM indicaram que a atividade do setor de serviços atingiu seu nível mais alto em quase dois anos em janeiro.

Os dados positivos vieram em meio à busca de aprovação de mais US$ 1,9 trilhão em estímulo econômico por parte dos democratas dos EUA. O Congresso norte-americano, controlado pelo partido Democrata, avançou na quarta-feira com uma manobra para aprovar um pacote de alívio do presidente Joe Biden sem apoio republicano. Enquanto isso, no Brasil, o cenário político e econômico dominava a atenção dos mercados depois que o presidente Jair Bolsonaro entregou aos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), a lista de projetos prioritários do governo. O documento incluiu medidas como a reforma tributária e administrativa, além de privatizações e autonomia do Banco Central.

A semana tem sido marcada pela reação positiva dos mercados ao cenário político em Brasília, com a eleição de uma liderança alinhada ao governo no Congresso sendo vista como potencial impulso para a agenda de Bolsonaro. "As eleições na Câmara e no Senado e manifestação de compromisso das Casas com ajuste fiscal e respeito ao teto de gastos dão um sinal importante para o mercado, e por isso que o dólar voltou (recuou) um pouco", disse à Reuters Fábio Galdino, head de Fundos Imobiliários da Vero Investimentos. Ainda assim, ele alertou para a persistência de cautela entre os investidores, que devem continuar acompanhando o cenário político e econômico e as condições da dívida pública.

Em ano marcado por explosão das despesas governamentais e encolhimento da arrecadação tributária diante do baque da pandemia da Covid-19, o rombo fiscal do setor público atingiu patamares sem precedentes em 2020, e a dívida pública bateu recorde, a 89,3% do PIB. Diante desse cenário, um dos principais pontos de cautela para os investidores é a prorrogação do auxílio emergencial em resposta à Covid-19, com temores de que esses gastos estressem ainda mais a situação fiscal doméstica. Os novos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado comprometeram-se na quarta-feira a avaliar uma forma de retomar o auxílio emergencial, respeitando o teto de gastos.

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