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Infocafé de 04/08/20

N.Y. finalizou a terça-feira em alta


Foto: Pixabay

N.Y. finalizou a terça-feira em alta, a posição setembro oscilou entre a mínima de -1,25 pontos e máxima de +3,35 fechando com +3,15 pts.

A moeda norte-americana recuou 0,60%, cotada a R$ 5,2851. No Brasil, os investidores apostam em um novo corte na taxa básica de juros nesta quarta-feira. Atualmente, a Selic está em 2,25% ao ano. A previsão dos analistas é de que a taxa recue para 2% nesta semana e que assim permaneça até o fim deste ano. Muitos analistas citam o ambiente de juros baixos como um dos principais fatores para a disparada do dólar em 2020, uma vez que reduz rendimentos locais atrelados à Selic, prejudicando o investimento estrangeiro e, consequentemente, o fluxo cambial. Já a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2020 segue em R$ 5,20, de acordo com a última pesquisa Focus do Banco Central.

Uma pesquisa realizada pela Reuters com nove operadores e analistas aponta que os preços do café, tanto arábica quanto canéfora, devem avançar levemente até o final de 2020, ao comparar com os preços atuais. Os futuros do arábica são vistos fechando o ano a 1,20 dólar por libra-peso, ou 0,9% acima do fechamento da última sexta-feira (31), enquanto que os futuros do canéfora devem encerrar dezembro a 1.390 dólares por tonelada, ou 3,42% acima do fechamento da semana passada. "São tempos desafiadores para muitas commodities", disse o estrategista de futuros Stephen Platt, citando a influência de políticas de estímulo de um lado e o impacto causado pela pandemia de Covid-19. "O vírus provavelmente ajudou o consumo de café de menor qualidade em consumidores-chave, incluindo o Brasil, enquanto a queda das vendas institucionais em países industrializados foi parcialmente compensada por um maior consumo em casa", afirmou Stephen.

Os especialistas veem o excedente global de oferta de café crescer de 1,85 milhão de sacas de 60 quilos, em 2019/2020, para 5 milhões de sacas, em 2020/2021, principalmente devido a uma maior oferta de arábica em meio à menor demanda pela variedade de maior qualidade, já que cafeterias pelo mundo que ficaram fechadas por meses usam principalmente grãos de arábica. Um corretor na Europa disse avaliar que moedas estão influenciando os preços. Ele acredita que o real do Brasil tocou mínimas durante a pandemia e deve se recuperar, o que limitaria as vendas futuras do principal produtor global e apoiaria os preços.

Operadores de mercado e analistas também veem consumo em alta para o canéfora devido à elevação das compras em supermercados. Eles projetaram o mercado global da espécie com um déficit de 1 milhão de sacas em 2020/2021, enquanto esperam que o arábica tenha um excesso de oferta de 5,9 milhões de sacas. Entre os maiores produtores, a estimativa é de uma produção recorde de 68 milhões de sacas no Brasil em 2020/2021, enquanto a produção do Vietnã está projetada em 29,2 milhões de sacas.

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