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Infocafé de 06/11/20

O dólar fechou em queda de 2,78%


Foto: Pixabay

A bolsa de N.Y. finalizou a sexta-feira em alta, a posição dezembro atingiu a máxima +2,05 pontos fechando com +1,00 acumulando na semana +2,55 pts.

O dólar fechou em queda de 2,78%, cotado a R$ 5,3920. Com o recuo, o passou a acumular queda de 6,03% no mês e na semana. Analistas citavam movimentos de ajuste nos mercados, depois que apostas em uma vitória de Biden com permanência dos republicanos no controle do Senado norte-americano -- cenário potencialmente positivo para as empresas dos Estados Unidos -- provocaram uma onda de apetite por risco nos últimos dias. Operadores citavam também um movimento de realização de lucros nos ativos de risco globais.

Os mercados acionários globais avançaram esta semana conforme os investidores adotaram a visão de que, independente do resultado final da apuração nos EUA, haverá equilíbrio de forças entre democratas e republicanos no Congresso. Segundo analistas, um Congresso norte-americano dividido pode adiar grandes mudanças, incluindo um aumento de impostos, um endurecimento das regulamentações ou controle mais rigoroso de grandes empresas. Entre os investidores, há também a percepção de que as políticas de Biden colaborariam para um dólar globalmente mais fraco, principalmente com a expectativa de aprovação de novas medidas de auxílio fiscal na maior economia do mundo, o que pode dar apoio a divisas de países emergentes.

Da pauta brasileira, agentes financeiros analisam o IPCA de outubro, que acelerou a alta para 0,86%, passando a acumular avanço de 3,92% em 12 meses. Por aqui, permaneceram as preocupações em torno da trajetória da dívida pública com os investidores à espera de uma indicação clara sobre se o governo respeitará ou não seu teto de gastos. A principal dúvida é sobre como um pacote de auxílio social seria financiado diante de um orçamento apertado para 2021, e se o governo conseguirá dar prosseguimento à agenda de reformas estruturais. Esse cenário, somado ao patamar extremamente baixo da taxa Selic e a um crescimento econômico fraco, ajudam a explicar a alta acumulada de quase 40% do dólar no ano ante o real.

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