A bolsa de N.Y. finalizou a quarta-feira em baixa, a posição setembro oscilou entre a máxima de +1,90 pontos e mínima de -0,65 fechando com -0,30 pts.
A moeda norte-americana recuou 0,63%, cotada a R$ 5,3495. O IBGE divulgou nesta quarta o resultado das vendas do comércio em maio, que apontou uma alta de 13,9% em relação ao mês anterior, bem acima do esperado pelo mercado. O BTG Pactual digital classificou os resultados como "muito acima da expectativa" e avaliou que, apesar do cenário "ainda repleto de incertezas, o forte crescimento deve animar investidores, na medida em que indica uma recuperação da atividade econômica". Indicadores econômicos de maio e junho indicam uma reação da economia brasileira e sinalizam que o pior da crise pode ter ficado para trás, apesar das incertezas ainda elevadas.
A perspectiva ainda sombria para a economia foi exposta pela pesquisa Focus do Banco Central, cuja mais recente atualização divulgada na véspera mostrou estimativa de contração de 6,50% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. Contudo, houve ligeira melhora em relação à taxa de queda 6,54% da semana passada. O mercado espera dólar de R$ 5,20 ao fim de 2020, pela mediana das projeções.
A estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para a produção brasileira de café em 2020 foi revista em 3,1% na passagem de maio para junho, conforme o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do mês passado, divulgado hoje. Agora, o IBGE espera uma produção total de 3,5 milhões de toneladas, ou 59,0 milhões de sacas de 60 kg, 18,2% acima do registrado em 2019. Para o café arábica, a produção estimada foi de 2,672 milhões de toneladas, ou 44,5 milhões de sacas de 60 kg, crescimento de 4,8% em relação ao mês anterior e 28,9% frente ao ano anterior. A forte alta se explica pela “bienalidade positiva” da safra de café, cuja colheita é feita a cada dois anos, lembrou o IBGE.
Em Minas Gerais, principal produtor brasileiro, devendo responder por 72,3% da produção em 2020, a estimativa da produção de 1,931 milhão de toneladas, ou 32,2 milhões de sacas de 60 kg, apresenta crescimento de 30,2%, devendo o rendimento médio aumentar em 21,2% em relação ao ano anterior. Para o café canephora, mais conhecido como conilon ou robusta, a estimativa da produção, de 869 mil toneladas, ou 14,5 milhões de sacas de 60 kg, apresenta declínios de 1,9% em relação a maio e de 5,8% em relação ao ano anterior, conforme o LSPA de junho. “A produção capixaba, que representa 65,8% do total nacional, encontra-se 4,2% menor em decorrência do declínio de 4,3% no rendimento médio. Em relação ao ano anterior, houve declínio de 10,3%. A Bahia revisou a produção (aumento de 7,9%) e Rondônia manteve a estimativa de maio”, diz a nota do IBGE.