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Infocafé de 10/04/18

Dólar comercial fechou em queda de 0,31%,


No mercado interno o dia seguiu sem muita movimentação, houve mais negócios de vendas futuras para 2019 e 2020. N.Y finalizou a terça-feira em queda, a posição maio oscilou entre a máxima de +0,10 pontos e mínima de -1,50 fechando com -1,05 pts. 

O dólar comercial fechou em queda de 0,31%, cotado a R$ 3,4110. As tensões entre China e Estados Unidos sobre eventual guerra comercial diminuíram após o presidente chinês prometer abrir mais a economia do país e reduzir tarifas de importação sobre produtos como carros. No Brasil, os investidores seguem cautelosos com a cena política local por conta das eleições presidenciais deste ano e incertezas sobre quem comandará o país.  

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) informou ontem (09/04/18) que vai propor uma revisão nos preços mínimos do café e do trigo para o próximo Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2018/19. Os valores vigentes até o ano que vem foram anunciados na semana passada pelo Ministério da Agricultura e, na avaliação da entidade, são insuficientes para cobrir os custos de produção dessas culturas. No caso do café, a espécie arábica teve reajuste de 2,46% em relação ao ano passado e ficou definido em R$ 341,21 por saca de 60 quilos.

Já o conilon teve o preço mínimo reduzido para R$ 202,19 por saca, queda de 9,57%. Entretanto, os levantamentos de custo mais recentes feitos pelo projeto Campo Futuro, da CNA em parceria com o Centro de Inteligência de Mercado da Universidade Federal de Lavras (CIM/UFLA), indicam para despesas operacionais na ordem de R$ 390 por saca para o arábica e R$ 240 por saca para o conilon. "Esses valores tornam-se ainda mais críticos por se tratar de uma safra (2018) de bienalidade positiva", afirma a CNA em comunicado técnico, sobre o arábica. Sobre o conilon, a entidade justifica que, após os prejuízos deixados pela seca em safras anteriores, a "redução do preço mínimo é mais um obstáculo para a recuperação da cafeicultura do Estado em 2018".

Com relação ao trigo, o preço mínimo passou de R$ 39,02 para R$ 37,26 por saca, recuo de 2,93%. "Com o aumento dos custos dos principais insumos agrícolas, a CNA destaca a necessidade de se reajustar o preço mínimo do trigo para R$ 40,65 por saca e não os R$ 37,26 por saca anunciados pelo governo", diz o comunicado. De janeiro a abril deste ano, os gastos com óleo diesel e mão-de-obra aumentaram 9,1% e 6,5%, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2017. Além disso, a cotação do dólar teve um incremento de 4% no mesmo período, fatores que tendem a impulsionar as despesas do produtor de trigo no próximo ano-safra. 
 

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