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Infocafé de 10/11/20

O dólar fechou perto da estabilidade, com leve avanço de 0,06%, negociado a R$ 5,3910


Foto: Eliza Maliszewski

N.Y. finalizou a terça-feira em alta, a posição dezembro oscilou entre a mínima de -1,50 pontos e máxima de +0,80 fechando com +0,45 pts.

O dólar fechou perto da estabilidade, com leve avanço de 0,06%, negociado a R$ 5,3910. Na mínima, chegou a R$ 5,3365 e na máxima, a R$ 5,41. No exterior, o bom humor permanecia nos mercados, embora preocupações sobre risco de um segundo lockdown em mais países e profundidade dos danos econômicos provocados pela pandemia limitassem os ganhos.

Um maior otimismo vem dominando os mercados desde quarta-feira da semana passada, com os investidores aliviados com os resultados das eleições nos Estados Unidos, diante da percepção de que o equilíbrio de poder que se perfila entre republicanos e democratas no Congresso dificultará a execução de grandes mudanças, incluindo um aumento de impostos, um endurecimento das regulamentações ou controle mais rigoroso de grandes empresas. O anúncio da véspera da Pfizer, informando que sua vacina experimental é mais de 90% eficaz na prevenção à Covid-19, segundo dados iniciais do estudo da fase 3, também animou investidores.

Na agenda de indicadores, o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) acelerou a alta a 2,67% na primeira prévia de novembro, segundo a Fundação Getúlio Vargas, pressionado principalmente pelos preços no atacado. Com este resultado, a taxa em 12 meses passou de 19,45% para 23,79%. Além disso, a suspensão dos testes da vacina contra a Covid-19 CoronaVac, da chinesa Sinovac, que está sendo testada no Brasil pelo Instituto Butantan, era apontada pelos mercados locais como ponto de atenção, que pode ser gatilho para busca por segurança.

No cenário local, permanecem também as preocupações em torno da trajetória da dívida pública, com os investidores à espera de uma indicação clara sobre se o governo respeitará ou não seu teto de gastos. A principal dúvida é sobre como um pacote de auxílio social seria financiado diante de um orçamento apertado para 2021, e se o governo conseguirá dar prosseguimento à agenda de reformas estruturais. O aumento do risco fiscal, somado ao patamar extremamente baixo da taxa Selic e a um crescimento econômico fraco, ajudam a explicar o forte avanço do dólar no ano ante o real. O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou na segunda-feira que tudo indica que o Congresso não vai votar o Orçamento de 2021 ainda este ano e isso poderá afetar o rating do Brasil nas agências de classificação de risco, notícia que foi citada por vários analistas como possível fator de pressão para o real.

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