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Infocafé de 11/05/22

A bolsa de N.Y. operou com forte valorização nesta quarta-feira (11), movida por notícias de frente fria. A posição julho atingiu a máxima de +16,65 pontos, fechando em +16,10pts


Foto: Pixabay

A bolsa de N.Y. operou com forte valorização nesta quarta-feira (11), movida por notícias de frente fria. A posição julho atingiu a máxima de +16,65 pontos, fechando em +16,10pts.

O dólar fechou em alta nesta quarta-feira (11), com os investidores de olhos nos dados de inflação no Brasil e nos Estados Unidos. A moeda norte-americana terminou o dia vendida a R$ 5,1441, alta de 0,20%.  Os mercados seguem monitorando pistas sobre a trajetória dos juros nos Estados Unidos, em um momento de alta da inflação global e de desaceleração da economia. O Departamento do Trabalho dos EUA mostrou nesta quarta-feira que a inflação ficou em 8,3% em 12 meses até abril, apenas 0,2 pontos percentuais abaixo do maior patamar desde dezembro de 1981, alimentando preocupações sobre o aperto agressivo da política monetária.

Juros mais altos nos EUA tornam os investimentos em títulos do tesouro norte-americano (treasuries) mais rentáveis, valorizando o dólar frente a outras moedas e drenando liquidez de países emergentes como o Brasil. O real tem sido uma das moedas mais penalizadas pela recente debandada recursos aplicados em ativos e mercados considerados mais arriscados. Desde 20 de abril, quando operou pela última vez em torno de R$ 4,60, o dólar saltou 11,17%, reduzindo as perdas no ano para 7,88% --chegaram a ser de 17,33% no começo de abril--, mesmo com o Banco Central caminhando para elevar mais os juros. Na agenda local, o IBGE divulgou mais cedo a inflação oficial de abril, que ficou em 1,06% – a maior variação para um mês de abril desde 1996. Em 12 meses, o IPCA passou acumular alta de 12,3%. 

O mercado futuro do café arábica encerrou as negociações desta quarta-feira (11) com 7,90% de valorização com o mercado reagindo a previsão de geada em áreas de produção de café do Brasil. Após atualização dos modelos da Administração Oceânica e Atmosférica (NOAA), o mercado passou a operar com forte alta e encerra com 1.600 pontos de valorização. A aproximação do inverno no Brasil por si só já levantava muita preocupação para o mercado cafeeiro no Brasil, que ainda sente os impactos da geada registrada no ano passado. Além dos analistas no Brasil destacaram o risco nas áreas de produção, a análise do site internacional Barchart também chamou atenção para o evento climático. "A NOAA disse hoje que as temperaturas no sul do Brasil, uma área que inclui muitas das regiões produtoras de café do país, podem ser atingidas por geadas até 16 de maio e que as temperaturas podem permanecer bem abaixo do normal até 19 de maio", afirma a publicação. As cotações chegaram atingir o valor de 220,45 cents/lbp no pico do pregão. Existe um consenso entre os meteorologistas de que a massa de ar frio prevista para semana que vem tende a ser mais intensa, trazendo riscos em várias áreas de produção agrícola. Fernando Maximiliano, analista da StoneX Brasil, afirma que a atualização do modelo divulgada nesta manhã segue mantendo frio nas áreas da Mogiana, sul de Minas Gerais e podendo chegar até o Cerrado Mineiro.

 

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