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Infocafé de 22/09/21

A bolsa de N.Y. finalizou a segunda-feira em alta


Foto: Sheila Flores

A bolsa de N.Y. finalizou a segunda-feira em alta, a posição dezembro atingiu a máxima de +4,15 pontos fechando com +1,50 pts. O dólar fechou em alta de 0,35%, cotado a R$ 5,3036.

 Conforme boletim da Somar Meteorologia, a chuva retorna e o calor diminui nas áreas de café a partir do fim de semana. No Cerrado, Mogiana e sul de Minas Gerais, as primeiras precipitações acontecerão a partir da tarde do sábado e prosseguirão nas tardes seguintes até o fim da próxima semana. O acumulado será variável, mas há expectativa de mais de 10mm na maior parte das áreas produtoras com a soma da precipitação em todas as tardes. A partir do fim da primeira semana de outubro, a chuva torna-se mais intensa e acima da média histórica semanal. Ou seja, no sul de Minas Gerais, por exemplo, o acumulado previsto em uma semana passará dos 30mm que normalmente acontecem em um período de sete dias de outubro.

As condições climáticas e os impactos para a safa de café em 2022 foram os temas centrais da 3ª edição do Fórum Café e Clima da Cooxupé, realizado virtualmente na tarde dessa terça-feira, 21 de setembro. Entre os cenários traçados pelos especialistas convidados, está o impacto da crise hídrica. A seca deve pesar mais na produção de café para o próximo ano do que as geadas. "O café e a seca convivem harmonicamente há anos, por conta da resiliência dos cafeeiros. Mas, a planta não tolera tantos períodos de seca severa, como o que vivemos. Portanto, haverá perdas", diz o professor José Donizeti Alves, da Universidade Federal de Lavras (UFLA), um dos palestrantes do evento. Ainda segundo Donizeti, são dois momentos que impactam na produção, o do crescimento do ramo e a florada. A seca vai encurtar a janela de crescimento do ramo neste ano, assim, vão faltar folhas para produzir café em 2022. O especialista explicou que esse impacto é maior do que o produzido pela geada, que também prejudicou cerca de 170 mil hectares de café. Nesse contexto, o Coordenador de Geoprocessamento da Cooxupé, Éder Ribeiro dos Santos, explicou, durante sua palestra no Fórum, que os fatores relacionados ao clima impactam entre 60% a 70% na variação da produção. Além disso, entre esses fatores, a deficiência hídrica é responsável por 56% da queda de produtividade do café. "Esses fatores criam uma condição de estresse das plantas. Com intenso déficit hídrico na pré-florada e condições desfavoráveis também no pós-florada, o início da safra de 2022 não está nada favorável", explicou. O coordenador também destacou que, com os longos períodos de seca, também há um baixo armazenamento de água no solo, o que impacta as plantas.

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