
A bolsa de N.Y. finalizou a quinta-feira em alta, a posição julho oscilou entre a mínima de -0,30 pontos e máxima de +2,80 fechando com +0,35 pts.
A moeda norte-americana terminou o dia vendida a R$ 5,5285, em alta de 2,21%. O viés de alta ocorreu em meio a expectativas de corte de juros, que levantam preocupações sobre a entrada de fluxo nos mercados brasileiros. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse na segunda-feira que o cenário analisado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) em sua última reunião -- quando avaliou que tanto uma redução maior no juro quanto afrouxamentos monetários adicionais poderiam se tornar "contraproducentes" -- mudou. Na ocasião, o BC cortou a Selic em 0,50 ponto percentual, a 3,75%.
Um juro mais baixo coloca o Brasil -- historicamente conhecido por suas altas taxas -- em desvantagem competitiva em relação a outros emergentes na tentativa de atrair fluxo de capital para a renda fixa. Esse desestímulo fica mais evidente uma vez que o Brasil há tempos deixou de ser grau de investimento pelas principais agências de classificação de risco. Em 2020, o fluxo cambial ao Brasil está negativo em US$ 12,878 bilhões. No mesmo período de 2019, havia superávit de US$ 1,295 bilhão, destaca a Reuters. Segue no radar dos investidores também o anúncio de novas respostas à crise econômica.
O governo federal anunciou na véspera o programa Pró-Brasil, que, segundo o ministro de infraestrutura, Tarcício Freitas, prevê R$ 30 bilhões de investimentos públicos e R$ 250 bilhões em contratos de concessões à inciativa privada. O programa, porém, ainda carece de detalhamento.Os mercados financeiros no Brasil pioraram acentuadamente o sinal no começo da tarde desta quinta-feira, após notícia de que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, teria pedido demissão após decisão do presidente Jair Bolsonaro de trocar a diretoria-geral da Polícia Federal. O mercado reagiu negativamente por entender que o movimento indica mais tensões políticas dentro do governo e pode acabar piorando a avaliação do próprio presidente. Moro está entre os ministros mais bem avaliados pela população.