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Infocafé de 27/02/19

Dólar comercial fechou em queda de 0,39%, cotado a R$ 3,7300


O dólar comercial fechou em queda de 0,39%, cotado a R$ 3,7300. Investidores estavam de olho na tramitação da reforma da Previdência no Congresso. Ontem, o presidente Jair Bolsonaro ouviu de parlamentares que o governo precisa sinalizar disposição para alterar artigos da reforma que tratam do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e das aposentadorias rurais, caso contrário, a proposta terá dificuldades de andar no Congresso. Sabendo que ainda não tem votos suficientes para a aprovar a reforma, o governo está se aproximando de bancadas e líderes. Hoje, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou que Bolsonaro vai promover publicamente a reforma da Previdência depois do Carnaval e previu para junho a aprovação das mudanças no Congresso.

No exterior, o mercado acompanhava declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell, ao Senado. Powell disse que a economia dos EUA deve ter um crescimento sólido neste ano, mas o Fed seguirá paciente ao decidir sobre novos aumentos de juros. Juros maiores nos EUA podem atrair para lá recursos aplicados em economias onde as taxas são hoje mais vantajosas, como a brasileira. Com isso, a tendência é de alta do dólar por aqui.

 A Colômbia, maior produtora mundial de café arábica lavado, planeja vender sua colheita a um preço que cubra os custos de produção, sem estar atrelado à cotação do mercado de Nova York, informou a federação nacional do café nesta terça-feira. A federação há tempos soou o alarme quanto aos preços baixos, que deixam muitos cafeicultores operando com prejuízos, argumentando aos grandes compradores que eles deveriam garantir que os produtores obtivessem lucro. Os cafeicultores ainda pediram subsídios ao governo. Os produtores precisam obter 760 mil pesos (cerca de 240 dólares) por 125 kg no mercado interno para atender aos custos de produção, disse a federação. Os preços no mercado interno estavam em 690 mil pesos por carregamento na segunda-feira.

“Chegou a hora de começar a pensar em um modo diferente e separar o preço do café colombiano do mercado de softs de Nova York e chegar a um ponto em que tenhamos um lucro acima dos custos de produção”, disse a repórteres Roberto Velez, líder da federação. “Se você quiser, paga o preço; se não quiser isso, não compra café colombiano, pois caso contrário o café colombiano não é viável”, disse Velez. Os cafeicultores colombianos “não podem gastar suas vidas inteiras mendigando, porque a indústria está ficando rica com o que eles produzem”, declarou. Segundo Velez, o mercado de Nova York está muito ligado à produção do Brasil e não leva em conta os cafeicultores de Colômbia e América Central. Até aqui em 2019, os preços flutuaram próximos a 1 dólar por libra-peso no mercado de Nova York. A Colômbia estabeleceria seus preços entre 1,40 e 1,50 dólar por libra-peso, de acordo com Velez. A proposta precisará de apoio de cafeicultores, de produtores do arábica de outros países e de compradores antes de ir em frente, disse a federação em comunicado.

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