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Iniciativa pretende dobrar a produção dos grãos na década

Novos estudos e tecnologias focam em aumento de produtividade


Foto: Pixabay

Com o propósito de fomentar o aumento da produtividade do milho, com incentivo ao desenvolvimento de novos estudos e novas tecnologias e técnicas que promovam a sustentabilidade, surgiu o Grupo Tático para o Aumento da Produtividade (GETAP) que reúne líderes empresariais de diversas cadeias do agronegócio brasileiro.

À frente dessa iniciativa, o engenheiro agrônomo Anderson Galvão, diretor da Céleres, consultoria do Agronegócio e especialista no mercado de grãos, comenta que o Getap foi formado, recentemente, depois de se observar que ao mesmo tempo em que existe uma crescente demanda por milho no Brasil e no mercado exterior, e estoques apertados, também há um vasto potencial para essa cultura ser desenvolvida com sustentabilidade e com aumento na produtividade.

“Percebemos em campo, durante esses quase vinte anos de Céleres, que se promovermos mais discussões e estudos, com novos olhares e novas métricas, a cada safra, será possível elevar a produtividade do milho, com respeito ao solo e com melhor aproveitamento das áreas, e isso é extremamente importante no desafio de alimentar o mundo nas próximas décadas”, ressalta Anderson Galvão.

O GETAP Milho tem uma missão junto aos produtores brasileiros: dobrar a produção de milho nos próximos 10 anos. E para atingir essa meta conta com toda a inteligência da Céleres para apontar soluções no agro, como uso de defensivos e fertilizantes especiais, rotação de culturas, plantio direto, integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e agricultura de precisão.

Durante os estudos em campo, foram observados que, de forma geral, as produtividades médias no Paraná e Goiás/Distrito Federal são mais elevadas que o restante do país devido à regularidade climática, altitude elevada e perfil de maior tecnologia/investimento do produtor. “No último ano, as produtividades tiveram queda em nível nacional devido à janela curta no cultivo de milho, inverno, seca no desenvolvimento da cultura e geada próximo da colheita. Mas entendemos como algo pontual”, explica Anderson Galvão.

“Mas mesmo num ano desafiador como o 2021, resultados preliminares da auditoria independente apontam para níveis de produtividade muito elevados, o que reforça o entendimento que há, sim, muito espaço para aumentar a eficiência produtiva do cereal”.

De modo geral, o cenário está positivo para as exportações. Com o crescimento da produção de segunda safra, o Brasil se consolidou como origem confiável e de alta escala para países consumidores do cereal como Oriente Médio, Ásia e Europa. Para se ter uma ideia, o Brasil passou a exportar 8-10 MM toneladas por ano para 30-40 MM toneladas após 2017. Este ano, especificamente, embarques devem ficar em 22 MM, influenciados pela quebra de safra de inverno.

Para os próximos cinco anos, o modelo e estudos do Getap apontam para potencial de 60MM toneladas de exportação, com crescimento da demanda dos países habituais e maior interesse dos chineses no nosso cereal. No mercado interno, o consumo se mantém com crescimento razoável e constante (3%-4% a.a.), com aumento da participação do milho para produção de etanol no Centro-Oeste.

 

 

 

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