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Instituto Algodão Social completa 12 anos

Criado pela Ampa em Assembleia realizada no dia 6 de setembro de 2005, o IAS iniciou as comemorações de seu 12º aniversário no CBA em Maceió na última semana

Criado pela Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa) em Assembleia realizada no dia 6 de setembro de 2005, o Instituto Algodão Social (IAS) iniciou as comemorações de seu 12º aniversário no Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), em Maceió (AL), na última semana. Mil e quatrocentos congressistas inscritos no evento realizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) receberam um exemplar de "Algodão Social 2017", publicação que destaca o trabalho do IAS e os projetos inscritos na terceira edição do Prêmio Semeando o Bem.

Promovido a cada dois anos, o Semeando o Bem tem como um de seus objetivos dar visibilidade a iniciativas em várias categorias (Saúde, Educação, Meio Ambiente e Cultura, entre outras) que comprovem a responsabilidade social dos cotonicultores associados à Ampa.

"O produtor de algodão de Mato Grosso foi pioneiro na busca da sustentabilidade. Oito anos após a fundação da Ampa, os dirigentes da entidade perceberam a necessidade de uma orientação mais efetiva em relação às leis trabalhistas e de segurança do trabalho, o que originou a criação do IAS", conta Alexandre Pedro Schenkel, presidente da Ampa e do IAS na gestão 2017/18.

Em 2006, o IAS emitiu o primeiro Selo de Conformidade Social, com apoio da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) e da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea). Para isso, contou com os serviços de consultoria da empresa Vetor C, contratada com suporte financeiro da empresa FMC.

Em 2007, vieram o Programa de Certificação Social e o Selo Algodão Socialmente Correto, em parceria com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que serviu de referência para outros programas de certificação, inclusive para o Algodão Brasileiro Sustentável (ABR), lançado pela Abrapa em 2012.

"Foram cinco anos de trabalho ininterrupto no sentido de orientar os associados à Ampa e seus colaboradores quanto ao cumprimento das leis trabalhistas e de segurança do trabalho", recorda o professor e auditor aposentado do Ministério do Trabalho e Emprego, Félix Balaniuc, que responde pela direção executiva do IAS desde sua fundação.

Com o passar do tempo, segundo Balaniuc, o IAS incorporou a preocupação com a sustentabilidade ambiental, passando a orientar os produtores de algodão mato-grossense em relação ao cumprimento do Código Florestal e outros aspectos da legislação ambiental vigente em Mato Grosso.

Hoje, boa parte dos cotonicultores mato-grossenses está certificada pelo programa ABR, que, a partir da safra 2013/14, passou a atuar em benchmarking com o sistema Better Cotton Initiative (BCI). Na safra 2016/17, cerca de 80% da produção de algodão de Mato Grosso foi certificada pelo programa ABR e 60% da produção total de pluma também recebeu a licença de comercialização BCI.

O IAS continua responsável pela execução do programa ABR e do sistema BCI em Mato Grosso, em parceria com a ABNT, e tem se dedicado à criação de outros programas visando a promover a responsabilidade social dos produtores de algodão e o bem-estar de seus colaboradores e das comunidades do entorno de fazendas e algodoeiras.

Estas iniciativas incluem o programa e o prêmio Semeando o Bem e o programa Fazenda Saudável, que leva aos trabalhadores das propriedades rurais a oportunidade de fazer diversos exames preventivos: aferição de pressão arterial, glicemia, colesterol, Índice de Massa Corporal (IMC) e triglicérides. Em 2016, 65 fazendas foram visitadas e o número de pessoas atendidas chegou a 6.347.                                                                                                                                                                                                                                                             "Atualmente, a principal função do IAS é consolidar e ampliar os programas de orientação e certificação, e os programas socioambientais em execução. E diante das constantes novidades da legislação trabalhista brasileira, que acaba de passar por nova mudança, também é nossa função atender às novas demandas dos associados", afirma o diretor executivo.

Balaniuc está trabalhando junto com a Abrapa, Abit e a Associação Brasileira do Varejo Têxtil (Abvtex) na construção do Programa de Certificação da Cadeia Produtiva do Algodão Brasileiro, cujo objetivo é regulamentar e criar um selo que ateste ao consumidor final que os produtos que utilizam o algodão como matéria-prima foram produzidos de forma sustentável em todas as suas etapas, desde a fazenda até a confecção final.

11º CBA -  A sustentabilidade está relacionada a aspectos econômicos, sociais e ambientais e conseguir alinhar este conceito como alternativa de rentabilidade é um feito que produtores de algodão do Brasil vêm apresentando aos mercados mundiais, mantendo a posição de maior país fornecedor de algodão sustentável.  Durante o 11º CBA, realizado em Maceió entre os dias 29 de agosto e 1º de setembro, uma das salas temáticas reuniu o gestor de Sustentabilidade e Banco de Dados da Abrapa, Fernando Rati, que apresentou os cases de sucesso do programa ABR; o coordenador de Sustentabilidade da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Nelson Ananias Filho, que falou sobre certificação das cadeias produtivas do agronegócio, e a analista de Sustentabilidade do Rabobank, Aline Camargo Aguiar.  Ela abordou o tema "Perspectivas e oportunidades de mercado para o consumidor brasileiro".

De acordo com Rati, a expectativa para a safra 2016/17 é atingir 1,2 mil toneladas de pluma brasileira certificada:

“Alcançamos recorde na safra passada (2015/2016), com 81% da produção nacional de algodão certificado. Temos crescido exponencialmente, e os produtores têm aberto as porteiras das fazendas para o ABR. Com isso, estamos avançando no reconhecimento internacional, com mais poder de barganha para posicionar nossa pluma com preços melhores e respaldo da credibilidade”, disse Rati.

Certificação, oportunidades e práticas ambientais corretas para novos financiamentos foram outros aspectos tratados pelos palestrantes. Félix Balaniuc disse ter ficado muito satisfeito com tudo que foi apresentado nessa Sala Temática e, na sua opinião, todas os palestrantes deixaram claras as vantagens da produção certificada.

"Hoje, os bancos têm uma política de juros diferenciada para os produtores que praticam a responsabilidade social e ambiental. A sustentabilidade é um caminho sem volta e o IAS – junto com a Ampa – fica feliz de saber que ajudou a construir essa história. Nesses 12 anos de vida, o nosso trabalho cresceu e, como uma boa semente, está dando ótimos frutos", comentou o diretor executivo.

Ele estava acompanhado em Maceió por parte da equipe do IAS: Marco Antonio G. dos Santos, coordenador operacional, Marcelma Maciel, supervisora de sustentabilidade, e Marcelo Fregnani, coordenador financeiro.

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