Institutos dos EUA vinculam dicamba ao câncer
Estudos apontaram um possível vinculação do defensivo com a doença
Pesquisadores do National Institutes of Health afirmaram que o uso do pesticida dicamba pode aumentar o risco de desenvolver vários tipos de câncer, incluindo câncer de fígado e ducto biliar intra-hepático, leucemia linfocítica aguda e crônica e linfoma de células do manto. O uso do herbicida aumentou bastante no país nos últimos anos.
A pesquisa, publicada no International Journal of Epidemiology, é o estudo epidemiológico mais abrangente sobre a associação de dicamba ao câncer até o momento, informam os pesquisadores. Seguiu quase 50.000 aplicadores de pesticidas em Iowa e Carolina do Norte por mais de duas décadas, documentando o uso de pesticidas e a incidência de câncer.
"Este amplo estudo expõe o terrível custo humano da decisão imprudente da Agência de Proteção Ambiental (EPA) de expandir o uso de dicamba", disse Nathan Donley, cientista do Centro de Diversidade Biológica. "Para a EPA aprovar o uso disseminado desse veneno em grande parte do país, sem garantir sua segurança para as pessoas e o meio ambiente, é uma acusação absoluta da prática persistente da agência de pesticidas perigosos para estampagem de borracha", completa.
Quando realizou a aprovação do dicamba, a EPA impôs novas regras para a aplicação desse produto, afirmando também que se elas foram seguidas, não haverá nenhum problema. Nesse cenário, a EPA tentou resolver algumas das preocupações restringindo quando e com que frequência o dicamba poderia ser aplicado e definindo zonas obrigatórias, sendo que a agência não pôde ser contatada para comentar.
Uma decisão sobre esse caso é esperada em breve. As organizações estão pedindo que o tribunal desocupe ou cancele o novo uso do dicamba.