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Inverno sob influência do La Niña

Incertezas para o fim do fenômeno avançam até o verão 2023


Foto: Pixabay

De acordo com as últimas observações das águas oceânicas na região do Pacífico Equatorial – área de monitoramento do fenômeno La Niña – as águas ainda apresentam um padrão abaixo da média, apesar de um leve aquecimento nas águas mais profundas.  Além disso, o padrão observado na atmosfera também é correspondente ao fenômeno La Niña. O que corrobora com o aviso vigente do fenômeno.

O impacto sobre as chuvas aqui no Brasil é notado no período mais úmido, especialmente na faixa norte do território nacional e também ao sul. No inverno este é o padrão esperado para períodos de La Niña. Porém na parcela central do país, pouco se nota alguma diferença em relação às chuvas observadas, mesmo porque o período é o mais seco do ano. 

Em inverno com a presença do La Niña também é esperado o avanço mais significativo das massas de ar polar. O que acompanhamos desde o mês de Maio, onde uma intensa massa de ar polar conseguiu chegar até a parcela central do território nacional. 

De acordo com a projeção probabilística mais recente elaborada pelo Instituto Internacional de Pesquisa para Clima e Sociedade (IRI), as condições para La Niña persistem praticamente durante todo o ano. 

A tendência é de uma diminuição no trimestre de Julho-Agosto-Setembro, onde a probabilidade do fenômeno é de 52% contra 46% de Neutralidade. Subindo novamente ao longo dos próximos meses, de forma que as chances para La Niña são superiores às condições para neutralidade até o final de 2023.

A maioria das projeções prevê que La Niña persista no verão 2022-23.. No entanto, está claro que as anomalias oceânicas e atmosféricas observadas recentemente enfraqueceram e isso deve continuar durante este inverno. Assim, permanece a incerteza em relação à transição para condição de Neutralidade nos próximos meses. 


 

 

 

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