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Investimentos em açúcar estão com os dias contados

O alerta de analistas é devido aos preços da commodity nas bolsas internacionais


Os investimentos no aumento da produção de açúcar estão com os dias contados. "Há muito açúcar no mundo", resume Martin Todd, diretor-gerente da britânica LMC International, respeitada consultoria do setor de agronegócio. "O Brasil deveria vender mais etanol", constata.

O alerta de Todd, que ecoa entre a grande maioria de analistas do mercado de açúcar, é respaldado pelo comportamento dos preços internacionais da commodity nas bolsas internacionais nos últimos meses. Na bolsa de Nova York, por exemplo, os contratos futuros de segunda posição de entrega (normalmente os de maior liquidez) acumulam queda de quase 42% nos últimos doze meses. Na sexta, eles até que registraram ligeira alta, mas permanecem abaixo de 10 centavos de dólar por libra-peso.

Com isso, a tendência mundial é que os investimentos sejam mesmo concentrados em álcool combustível. E Todd lembra que Brasil e Estados Unidos estão fazendo fortes aportes em plantas novas para incrementar essa produção. O mix de produção de cana do Brasil já vem sendo direcionado para elevar a oferta de álcool, e o país tem a seu favor a crescente demanda doméstica dos carros flexfuel.

Segundo Todd, a queda nos preços do açúcar teve como fator determinante a recuperação da produção de cana da Índia - segundo maior produtor mundial, atrás do Brasil -, além das sucessivas produções recordes brasileiras. A retomada da oferta indiana de açúcar, depois de dois anos de forte seca no país, voltou a pressionar os preços internacionais no mercado.

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