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ISSO reduz ação da cigarrinha-do-milho

“Quebrar as pontes verdes é um ponto fundamental"


Foto: Divulgação

Apesar do período desafiador economicamente para a produção de milho devido aos preços da commodity, as perdas dos produtores podem aumentar sem um controle eficaz de pragas de alto risco para a safra. A pesquisadora Regiane Oliveira, do grupo Agrimip da Unesp, adverte sobre essa situação e o Agrimip, composto por 25 pesquisadores, concentra-se em encontrar as melhores práticas de manejo da cigarrinha-do-milho (Daubulus maidis).

“Não é uma lagarta, não é um percevejo, mas um ‘ator’ que entra no sistema de milho, um inseto diferente do que se está acostumado a manejar”, enfatiza Regiane. “O que mais causa prejuízo é o fato de a praga ser um vetor, que ao sugar a seiva da planta, adquire fitopatógenos (molicutes e vírus). Vêm daí a virose e os enfezamentos transmitidos pela cigarrinha à cultura, limitantes para a produção de milho”, ela explica.

De acordo com ela, nos dias de hoje existem relatos técnicos e acadêmicos de que a ‘cigarrinha’ já afeta a produção de milho em toda a fronteira agrícola brasileira, embora o Agrimip, o grupo de pesquisas da Unesp Botucatu, tenha priorizado o estudo da praga no estado de São Paulo. “Temos aqui um sistema intensivo de produção de plantas, não só para alimentação humana. Não há ‘tempo’ para deixar o solo desocupado”, comenta Regiane.

Segundo a pesquisadora, também professora de graduação e pós-graduação em agronomia da Unesp-Botucatu, estudos em profundidade do grupo Agrimip deram origem a práticas capazes de conter danos mais severos decorrentes da cigarrinha-do-milho. “Quebrar as pontes verdes é um ponto fundamental. Outra medida decisiva consiste em usar corretamente as ferramentas de manejo de que dispomos, como controle químico, controle biológico, entre outras, de maneira a diminuir a população do inseto”, salienta Regiane Oliveira.

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