J.Pessoa amplia a parceria em usinas com Grendene
Os dois grupos, sócios na Benalco e Jacarezinho, decidem investir na usina Ema, em São Paulo
Os dois grupos, sócios na Benalco e Jacarezinho, decidem investir na usina Ema, em São Paulo. Após os pesados prejuízos sofridos na safra passada nas usinas do Mato Grosso do Sul e no Estado do Rio de Janeiro, o empresário José Pessoa de Queiroz Bisneto, do Grupo J.Pessoa, decidiu reforçar sua participação no Estado de São Paulo, onde duas usinas do grupo já estão em operação, a Benalco, em Bento de Abreu, e a Companhia Brasileira de Açúcar e Álcool, em Icem (a produção dessas duas unidades para a safra 2006/07 foi iniciada nesta semana).
Para acelerar a instalação de outras três unidades, José Pessoa, que visitou na noite de quarta-feira, a Feicana/Biocana, em Araçatuba (SP), anunciou a ampliação de sua parceria com o empresário Alexandre Grendene, do Grupo Grendene.
Além da usina Benalco e da Jacarezinho, o empresário gaúcho do ramo de calçados fechou parceria com o Grupo José Pessoa para a conclusão da Usina Ema, em Santo Antônio de Aracanguá, cujo início das operações está previsto para 2009. Grendene se mostra animado com os investimentos no setor de cana-de-açúcar.
Recentemente, ele, por meio da empresa Agropecuária Jacarezinho, abriu espaço para produzir cana em São Paulo ao transferir parte do plantel de 2 mil cabeças de gado selecionado para a região Nordeste
Agora, ao todo, são cinco usinas instaladas ou em processo de implantação administradas pelo grupo José Pessoa. Em julho, também a Usina Everest, em Penápolis, começará a moer cana. A usina foi adquirida parcialmente de fornecedores de cana, que haviam se associado para construir a unidade, mas não tiveram fôlego financeiro para terminá-la. Ao todo, são oito usinas que em cinco anos irão moer 8 milhões de toneladas de cana. O Grupo J. Pessoa emprega 11 mil funcionários, segundo informou.
Nova holding
Além da parceria com Grendene, José Pessoa providencia uma ampla reestruturação no grupo, que passará a se denominar Companhia Brasileira de Açúcar e Álcool (CBAA). O empresário não divulgou os valores dos investimentos. Não há tempo ruim à vista para o setor de cana, segundo acredita. Os prognósticos são favoráveis por pelo menos uma década. Para ele, a crise de abastecimento de álcool desde janeiro acabou sendo saudável para o setor produtivo, que obteve a atenção do governo e agora poderá contar com uma política adequada para atender ao mercado interno e às exportações.