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Japão está ficando para trás na edição do genoma

"Se o Japão embarcar em um plano para entrar no cenário internacional, seria preferível elaborar uma estratégia que atenda aos pontos fortes do Japão"


Enquanto a China e os Estados Unidos despontam na questão da edição de genoma e tecnologias de sementes agrícolas, o Japão, que sempre foi referência em inovação, está ficando cada vez mais atrasado. Foi isso que informou a representante do Yomiuri Shimbun, Chika Ishikawa. 

“O governo tem se apressado em formular regras sobre a edição do genoma e, aparentemente, está interessado em promover o desenvolvimento da tecnologia de edição do genoma. Mas o Japão carece de recursos industriais e humanos para se firmar na competição internacional. Para recuperar o atraso, o Japão deve procurar utilizar seus recursos genéticos e explorar sua vantagem competitiva em termos de qualidade”, comenta. 

Nesse cenário, o Prof. Agnes Ricroch, do instituto francês de ensino superior AgroParisTech, falou sobre a recente disseminação explosiva da edição do genoma em uma reunião da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico em junho do ano passado. “Eles [métodos de edição de genoma] abrem o campo para empresas menores. Agora, ele já está em uso por milhares de laboratórios estaduais”, informou o pesquisador. 

Segundo Ishikawa, até recentemente, o melhoramento da cultivar com a engenharia genética das colheitas e do gado era enormemente caro, e só era realizado por grandes corporações mundialmente conhecidas. No entanto, desde o desenvolvimento da tecnologia simples de edição do genoma CRISPR-Cas9 em 2012, o número de concorrentes nesta esfera aumentou consideravelmente. 

“Se o Japão embarcar em um plano para entrar no cenário internacional, seria preferível elaborar uma estratégia que atenda aos pontos fortes do Japão. Por exemplo, seria inútil para o Japão desafiar diretamente as superpotências agrícolas como os Estados Unidos ou a China, criando culturas para a agricultura em grande escala, como a soja resistente a pragas. Em vez disso, há uma oportunidade real de buscar a qualidade desejada pelos consumidores”, conclui.

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