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Japão inicia cultivo de arroz com genoma editado

Genes alteram equilíbrio hormonal e aumentam número de panículas por perfilho


Em uma iniciativa inédita no Japão, pesquisadores começaram o cultivo a campo de plantas de arroz com genoma editado. De acordo com a Organização Nacional de Pesquisa de Agricultura e Alimentação daquele país, trata-se de um passo a mais em direção à aplicação prática da edição do genoma – uma nova tecnologia que deverá aumentar significativamente o rendimento das plantas de arroz.

No processo de edição, dois genes do arroz são “impedidos de funcionar” através da adição de outros genes que servem como “tesoura molecular”. Ao modificar o equilíbrio hormonal das plantas, aumenta-se o número de panículas por perfilho, assim como o próprio tamanho dos grãos de arroz.

No entanto, ainda não está claro se o Japão irá classificar essas plantas como culturas geneticamente modificadas (GM). Além disso, o país ainda não formulou regras definitivas para esse procedimento, pelo que permanece indefinida a data da introdução comercial da variedade.

A técnica de edição de genoma ainda é polêmica: há questionamentos se de fato a cultura pode ser classificada como GM quando nenhum dos genes externos permanece ao final do processo. A Nova Zelândia, por exemplo, restringe essas culturas, enquanto a Argentina não.

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