Japão inicia discussão sobre rotulagem OGM

A Agência de Assuntos do Consumidor (CAA) do Governo do Japão (GOJ) realizou sua 54ª reunião do Comitê de Rotulagem de Alimentos. O grupo discutiu como os produtos derivados da tecnologia de edição do genoma poderiam ser rotulados, a fim de esclarecer devidamente as informações relevantes à alimentação. 

Durante a reunião, os membros do comitê expressaram interesse em questões como “por que não podemos detectar produtos editados pelo genoma não-geneticamente modificados? Existe a possibilidade de desenvolver tecnologias de detecção no futuro? Se um sistema de verificação social (por exemplo, preservação de identidade) foi introduzido, a rotulagem do produto de edição do genoma pode ser introduzida mesmo sem um método de detecção? E existe a possibilidade de alguém usar a tecnologia de edição do genoma para criar intencionalmente culturas com substâncias tóxicas?”, diz o relatório da reunião. 

Nesse cenário, algumas das conclusões foram que “os produtos da tecnologia de edição de genomas podem ser mais seguros do que os reprodutores convencionais, porque a mutação genética induzida pela tecnologia de edição do genoma é direcionada para uma região específica do genoma, em vez de ser induzida aleatoriamente. Além disso, se os produtos editados pelo genoma não-geneticamente modificados forem tecnicamente iguais aos produtos convencionais derivados do melhoramento natural, não parece razoável ter de rotular os produtos editados pelo genoma”, indicam. 

“Como a tecnologia de edição do genoma é mais precisa do que a reprodução convencional, se precisarmos de rotulagem específica para produtos de tecnologia de edição de genoma, poderíamos argumentar que a política é injusta. Espera-se que a CAA realize outra audiência em junho de 2019”, concluem.