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John Deere troca o sul pelo sudeste

Fabricante de máquinas agrícolas vai transferir sua sede administrativa de Porto Alegre para Indaiatuba, em São Paulo



Fabricante de máquinas agrícolas vai transferir sua sede administrativa de Porto Alegre para Indaiatuba, em São Paulo


A John Deere vai transferir sua sede administrativa de Porto Alegre para Indaiatuba, no interior de São Paulo. A mudança, que foi anunciada nesta segunda-feira, deverá ocorrer a partir de janeiro de 2012. A transferência envolve também a estrutura administrativa do Banco Jonh Deere, braço do grupo responsável por financiar a compra de máquinas e equipamentos. As razões são logísticas: conforme Paulo Herrmann, diretor de vendas da empresa para a América Latina, Indaiatuba tem a vantagem estar próxima do Aeroporto de Viracopos, em Campinas, o que facilitaria a integração com o restante do país. Além disso, fica ao lado de um centro de distribuição de peças que a companhia mantém em Campinas. “Lembro de procurar vôo na sexta-feira de Porto Alegre para Goiânia e sempre se fazia necessário fazer conexão em Campinas. Isto que Goiânia é muito importante para nós, visto que é a porta de entrada para o Centro-Oeste”, justifica Herrmann.


A mudança de sede também se deve ao atual momento da John Deere, que se mostra confiante nas vendas para o Brasil. Os baixos estoques de commodities ao redor do mundo, o crescimento contínuo de consumo de alimentos e a queda de produção em países tradicionais – como China e Austrália – fizeram do Brasil um campo de oportunidades. “O país está preparado para enfrentar qualquer situação. Enxergamos a crise de forma realista, mas sem ter uma visão alarmista, já que o cenário brasileiro é muito favorável”, opina Alfredo Miguel Neto, diretor de assuntos corporativos da John Deere para a América Latina.


Os planos de modernização de frota do governo federal também têm se mostrado um bom combustível para empresa. Mesmo assim, um estudo recente feito pelo Banco John Deere em conjunto com a consultoria Agroconsult revela que ainda há muito espaço para crescer. A pesquisa revelou, por exemplo, que os agricultores precisarão investir cerca de R$ 16 bilhões ao ano para renovar e ampliar a frota de colheitadeiras, tratores e implementos agrícolas até o fim da década. É nada menos que o dobro do volume de crédito total previsto no Plano Agrícola e Pecuário 2011/12 para o investimento em maquinário. Nos próximos dias, a presidente Dilma Rousseff deverá anunciar mais recursos para o Programa Mais Alimentos, que tem o objetivo de facilitar a compra de máquinas agrícolas por pequenos agricultores. “Ainda há muito espaço para renovação de frota em outros Estados como Minas Gerais e a região Nordeste. Sem contar que os pecuaristas, mais focados em genética, também começarão a renovar o maquinário”, prevê Herrmann.
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