Joinville (SC) tem o hectare de terra mais caro do Brasil
No segundo lugar do ranking estão áreas de cultivo de laranja em Ribeirão Preto
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No segundo lugar do ranking estão áreas de cultivo de laranja em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Lá, o hectare custa, em média, R$ 23,4 mil, com valorização de 20% nos últimos doze meses.
Neste caso, pesou não só o fator urbanização, mas também a alta das cotações do suco de laranja no mercado internacional. A passagem de três furacões pela Flórida (EUA) ocasionou a redução da safra americana e fez os preços subirem 24% nos últimos 12 meses na Bolsa de Nova York.
"Ao contrário das terras para grãos, as áreas de laranja, cana e café continuam valorizadas. E a expectativa é de que, pelo menos no caso da cana, os preços subam ainda mais", diz Lopes.
O aumento do consumo do álcool combustível, alternativa mais limpa e barata ao petróleo, está incitando as usinas a investir no plantio de áreas ainda maiores de cana, desencadeando uma verdadeira especulação imobiliária no campo. O preço médio das áreas de cana em São José do Rio Preto (SP), por exemplo, subiu quase 60% no último ano, para R$ 13,1 mil.
Nas áreas de grãos, o hectare está acompanhando a queda dos preços da soja. "Há um ano, a procura por terras era tamanha que praticamente se fechava um negócio por mês. Neste ano, a demanda é zero e a oferta, elevada", diz Nadir Sucolotti, produtor em Sorriso (MT). No Centro-Oeste, o preço médio caiu 16%, mas há regiões como a de Cristalina (GO), onde a queda foi de 50% em doze meses.
A valorização das áreas de cana, café e laranja ajudou a compensar a queda dos preços das regiões produtoras de grãos. Com isso, na média, o preço das terras caiu 5% no Brasil. "Imaginávamos que a retração seria mais acentuada, de 25% a 50%, mas parte da queda foi equacionada porque os vendedores preferiram alongar os prazos de pagamento, em detrimento do desconto de preços", diz Lopes. O prazo médio, que era de três anos, saltou para quatro.
As áreas mais baratas do Brasil estão nas regiões de agricultura familiar, caso de Cariri (CE), onde o hectare custa meros R$ 14, o preço de um quilo de corte nobre de carne no supermercado.