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Lagoa da Serra exporta sêmen bovino à Suíça


Pela primeira vez uma empresa da pecuária nacional exporta sêmen para a Europa. No mês passado, a Lagoa da Serra embarcou um pequeno lote de 100 doses de sêmen de bovinos da raça nelore para um pecuarista da Suíça. Embora pequena, a exportação poderá abrir caminho para que a empresa comece a entrar no mercado europeu, extremamente exigente.

Com sede em Sertãozinho, no interior de São Paulo, maior pólo produtor de açúcar e de álcool do mundo, a Lagoa, líder de mercado de inseminação artificial de bovinos, com vendas anuais de 1,65 milhão de doses, já havia ensaiado os primeiros passos rumo ao exterior no ano passado com a venda de cerca de 20 mil doses de sêmen bovino para o Paraguai.

Este ano, foi criada uma gerência de exportação e a previsão é de vendas de 100 mil doses para países da América Latina, com ênfase nas raças nelore, gir leiteiro e guzerá. Sem prazo definido e sem indicar valores, a intenção é de que as exportações cheguem a representar 20% do faturamento da Lagoa.

"Apostamos na qualidade do material genético das raças zebuínas da Lagoa e no conhecimento mundial da Holland Genetics para ganhar espaços na América Latina e na África. Casos como este da Suíça podem proporcionar novas oportunidades para a empresa", informou o diretor-presidente da empresa, Guus Laeven.

A Lagoa da Serra foi fundada em 1971, sendo vendida em 1998 para a empresa Holland Genetics, do grupo CR Delta, líder do mercado de genética bovina na Holanda. A Holland Genetics vende 5,5 milhões de doses de sêmen/ano.

O gerente de marketing e vendas da Lagoa, Lucio Cornachini, diz que as exportações de sêmen das raças zebuínas, como o nelore e o gir leiteiro, são uma das prioridades da empresa de inseminação para este ano e está em sintonia com a atuação globalizada de sua controladora que exporta 2 milhões de doses de sêmen anualmente.

De olho no potencial de mercado, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), com sede em Uberaba (MG), estima que as exportações de bovinos vivos e material genético poderá atingir US$ 200 milhões daqui a três anos, o que representaria a venda de 300 mil doses de sêmen, 20 mil embriões e 350 mil bovinos. Os países alvos seriam China, Colômbia, México, Venezuela, Costa Rica, Equador, Peru, Africa do Sul, Egito, Líbia, Paraguai e Bolívia.

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