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Laticínios manifestam apoio ao Fome Zero


Representantes do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado de Goiás (Sindileite) e de entidades nacionais do setor estiveram, ontem, como o ministro da Segurança Alimentar, José Graziano, para manifestar apoio ao programa Fome Zero e disposição para colaborar com sua implementação. Os empresários também apresentaram ao ministro um documento em que ressaltam a importância econômica e social do setor lácteo e pedem seu apoio aos esforços para aumentar o consumo de leite e derivados no País.

Para o presidente do Sindileite, Domingos Vilefort, há anos o consumo de leite no Brasil marca passo ao redor dos 125 litros per capita/ano, enquanto em países mais desenvolvidos essa média chega aos 300 litros. Ele destaca que por tratar-se de alimento dos mais completos em termos de nutrientes, deveria ser priorizado pelos programas sociais em países mais pobres. “No nosso caso, os 40 milhões de pessoas que vivem abaixo da linha de pobreza estão à margem do consumo de leite, apesar de relativamente barato, rico em proteína, sais, fósforo e cálcio, elementos essenciais principalmente para crianças e adolescentes” diz o dirigente do Sindileite.

Programa

De acordo com Domingos Vilefort, o ministro Graziano informou às entidades do setor lácteo que nesse primeiro momento não tem como incluir compulsoriamente o leite no Fome Zero, tendo em vista que o beneficiário recebe o crédito para comprar os gêneros alimentícios de sua preferência. “Nosso pedido, entretanto, foi para que se crie um programa específico para incentivar o consumo do leite, como ocorreu no governo José Sarney, quando chegaram a ser distribuídos 5 milhões de litros de leite/dia”, lembra Domingos Vilefort, acrescentando que os argumentos dos empresários foram bem recebidos.

“O ministro não só demonstrou ter consciência da importância do leite em qualquer política oficial de combate à fome como se comprometeu a manter um canal de comunicação permanente com o setor”, diz o presidente do Sindileite. Segundo ele, essa integração governo/iniciativa privada é necessária, “até porque a oferta e a demanda de leite no País está bastante ajustada e qualquer expansão mais significativa do consumo tem que vir acompanhada do necessário aumento da produção”.

Participaram da audiência, além do Sindileite, a Associação Brasileira do Leite Longa Vida (ABLV) e o Conselho Nacional das Indústrias de Laticínios (Conil), do qual Domingos Vilefort é também diretor.

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