Na busca constante por economia e ganhos de produtividade na lavoura, produtores têm à disposição uma ferramenta a mais para auxiliar no gerenciamento da lavoura: as imagens de satélite. É uma das tecnologias que compõem a agricultura de precisão e vem sendo cada vez mais empregada principalmente por proprietários de áreas muito extensas.
A tecnologia envolve a geração de mapas de produtividade a partir de imagens obtidas por satélites. Com esses dados, o produtor vê no mapa pontos onde há menor produtividade e investiga, no campo, o problema. "A imagem de satélite gera dados. Interpretada, vira informação que, sistematizada, vira mapas para orientar o produtor", diz o chefe de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Embrapa Monitoramento por Satélite, Alexandre Coutinho.
Segundo o pesquisador, áreas muito extensas dificilmente têm o mesmo potencial. "A vantagem da tecnologia é que o produtor localiza pontos deficientes para uniformizar a produção", explica. "É uma maneira de mapear o solo e corrigir o problema no local certo."
O gerente agrícola Julio Vieira de Araújo, da Usina São José da Estiva, em Novo Horizonte (SP), diz que a tecnologia tem boa aplicação nos 22 mil hectares de cana. O mapa, dotado de coordenadas de latitude e longitude, aponta os diferentes níveis de produção. "Com esses dados, vamos ao campo verificar as razões."
Três a quatro mapas
Na cana, Araújo diz que encomenda de três a quatro mapas por ano. "Ideal é consultá-los no início e no meio da safra. Se houver estiagem, é possível detectar pontos de secamento de cana e corrigir o problema a tempo." O custo anual do serviço é de R$ 10 mil.
O técnico agrícola e administrador da Fazenda Tropical, em Pedra Preta (MT), João Paulo Ribeiro, diz que a propriedade já usa a tecnologia há dois anos. "Rastreamos o algodão e a soja e detectamos falhas de plantio e erosão", diz. A fazenda tem 3 mil hectares de algodão e 500 de soja. "Fazer só inspeção visual é trabalhoso", diz. A empresa contratada fornece mapas de produtividade para diagnosticar, por cores, onde há maior ou menor produtividade. Faz-se um levantamento na fase final de colheita do talhão, quando é possível detectar o acúmulo de massa verde.
Conforme explica Ribeiro, os pontos são identificados por GPS, o que permite a correção de falhas operacionais, doenças, pragas e problemas de fertilidade no solo. Os mapas mostram três níveis de cores. "Pode-se ter uma visão panorâmica da lavoura."
Nos mapas adquiridos pelo Grupo Bom Futuro, de Mato Grosso, que possui 290 mil hectares de lavouras, entre soja, algodão, milho, arroz e feijão, a cor verde indica alta produção; os pontos marcados em amarelo indicam produção média e as manchas vermelhas apontam baixa produtividade, explicam os agrônomos Guilherme Martinez Ruiz e Inácio Modesto Filho. Nas fazendas do grupo, a tecnologia é usada há cinco safras, no algodão e na soja, em 5% da área total. "Primeiro, vamos a campo confirmar o que o mapa informa. Depois, resolvemos o problema." Para Modesto, o mapa identifica "pontos estrangulantes", onde é difícil acertar a adubação. O serviço sai por R$ 3/hectare.
Mapa de potencial produtivo
Culturas: A ferramenta é utilizada principalmente em lavouras de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão
GPS: O mapa informa o tamanho da área de cada "classe" e quanto cada uma representa na área total monitorada. Um GPS localiza as áreas de interesse apontadas no mapa no campo
Custo: Quanto maior for a área, menor será o valor do serviço por hectare
Legenda: Cada empresa adota uma escala de cores diferente. No exemplo ao lado, a escala é dividida em sete "classes", e vai do verde-escuro (áreas com maior potencial produtivo) ao marrom (áreas com menor potencial produtivo).
A tecnologia envolve a geração de mapas de produtividade a partir de imagens obtidas por satélites. Com esses dados, o produtor vê no mapa pontos onde há menor produtividade e investiga, no campo, o problema. "A imagem de satélite gera dados. Interpretada, vira informação que, sistematizada, vira mapas para orientar o produtor", diz o chefe de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Embrapa Monitoramento por Satélite, Alexandre Coutinho.
Segundo o pesquisador, áreas muito extensas dificilmente têm o mesmo potencial. "A vantagem da tecnologia é que o produtor localiza pontos deficientes para uniformizar a produção", explica. "É uma maneira de mapear o solo e corrigir o problema no local certo."
O gerente agrícola Julio Vieira de Araújo, da Usina São José da Estiva, em Novo Horizonte (SP), diz que a tecnologia tem boa aplicação nos 22 mil hectares de cana. O mapa, dotado de coordenadas de latitude e longitude, aponta os diferentes níveis de produção. "Com esses dados, vamos ao campo verificar as razões."
Três a quatro mapas
Na cana, Araújo diz que encomenda de três a quatro mapas por ano. "Ideal é consultá-los no início e no meio da safra. Se houver estiagem, é possível detectar pontos de secamento de cana e corrigir o problema a tempo." O custo anual do serviço é de R$ 10 mil.
O técnico agrícola e administrador da Fazenda Tropical, em Pedra Preta (MT), João Paulo Ribeiro, diz que a propriedade já usa a tecnologia há dois anos. "Rastreamos o algodão e a soja e detectamos falhas de plantio e erosão", diz. A fazenda tem 3 mil hectares de algodão e 500 de soja. "Fazer só inspeção visual é trabalhoso", diz. A empresa contratada fornece mapas de produtividade para diagnosticar, por cores, onde há maior ou menor produtividade. Faz-se um levantamento na fase final de colheita do talhão, quando é possível detectar o acúmulo de massa verde.
Conforme explica Ribeiro, os pontos são identificados por GPS, o que permite a correção de falhas operacionais, doenças, pragas e problemas de fertilidade no solo. Os mapas mostram três níveis de cores. "Pode-se ter uma visão panorâmica da lavoura."
Nos mapas adquiridos pelo Grupo Bom Futuro, de Mato Grosso, que possui 290 mil hectares de lavouras, entre soja, algodão, milho, arroz e feijão, a cor verde indica alta produção; os pontos marcados em amarelo indicam produção média e as manchas vermelhas apontam baixa produtividade, explicam os agrônomos Guilherme Martinez Ruiz e Inácio Modesto Filho. Nas fazendas do grupo, a tecnologia é usada há cinco safras, no algodão e na soja, em 5% da área total. "Primeiro, vamos a campo confirmar o que o mapa informa. Depois, resolvemos o problema." Para Modesto, o mapa identifica "pontos estrangulantes", onde é difícil acertar a adubação. O serviço sai por R$ 3/hectare.
Mapa de potencial produtivo
Culturas: A ferramenta é utilizada principalmente em lavouras de cana-de-açúcar, soja, milho e algodão
GPS: O mapa informa o tamanho da área de cada "classe" e quanto cada uma representa na área total monitorada. Um GPS localiza as áreas de interesse apontadas no mapa no campo
Custo: Quanto maior for a área, menor será o valor do serviço por hectare
Legenda: Cada empresa adota uma escala de cores diferente. No exemplo ao lado, a escala é dividida em sete "classes", e vai do verde-escuro (áreas com maior potencial produtivo) ao marrom (áreas com menor potencial produtivo).