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Lavouras de inverno apresentam falta de chuva

A falta de chuvas, é desfavorável para o trigo em enchimento de grão no Mato Grosso do Sul


Foto: Marcel Oliveira

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apurou que o cenário nas lavouras de inverno ou 3ª safra convivem com a falta de chuva. O Informativo de Monitoramento das Condições das Lavouras engloba o período entre 22 a 28 de agosto.

Segundo a publicação os maiores acumulados de chuva ocorrem somente no Amazonas, Roraima e oeste do Pará. Por sua vez, as chuvas menos volumosas na costa leste nordestina beneficiam os cultivos de 3ª safra. Na região do Matopiba, o volume de chuvas deve manter também as condições favoráveis para encerrar a colheita do algodão. 

A Região Centro-Oeste segue com tempo seco predominante, favorecendo a maturação e a colheita do algodão do milho 2ª safra e do feijão 3ª safra. A falta de chuvas, no entanto, é desfavorável para o trigo em enchimento de grão no Mato Grosso do Sul, mas sem previsão de impacto em Goiás, devido ao manejo irrigado.

Na Região Sudeste, chuvas são previstas somente na faixa leste de São Paulo e nordeste de Minas Gerais. Nas demais localidades, o tempo seco favorece a maturação e a colheita do algodão, do milho 2ª safra e do trigo. 

Segundo o informativo, para a Região Sul há possibilidade de chuva (em pequena quantidade) apenas no centro-sul do Rio Grande do Sul e leste do Paraná. O armazenamento de água no solo estará adequado para o desenvolvimento vegetativo e floração do trigo no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e parte do Paraná. Nas demais localidades deste estado o trigo permanece sob restrição hídrica. 
Em relação às culturas 80,6% está colhido. Em Mato Grosso, o clima quente e seco favorece o avanço da colheita, que está em fase final. Rendimento de fibra variando entre 39% e 45% no estado, apresentando uma boa qualidade da fibra na maioria das áreas. Em Goiás, 95% da área colhida, restando algumas lavouras irrigadas em Cristalina, com previsão de término até o final deste mês. Na Bahia, cerca de 80% da área colhida. Nas lavouras irrigadas, que tiveram o plantio mais tardio no estado, estão começando as operações de colheita, com boa perspectiva de produtividade.

No trigo 3,2% colhido. No PR, a colheita foi iniciada, mas será intensificada a partir de setembro. Aquelas lavouras que não foram muito danificadas pelas geadas apresentam melhoras nas condições após a chuva fraca registrada recentemente. No RS, as lavouras no Noroeste, Missões e Fronteira Oeste estão em fases mais adiantadas, iniciando o enchimento de grãos. Houve precipitações irregulares no estado. Em MS, as últimas chuvas, apesar do baixo volume, favorecem o enchimento de grãos das lavouras mais atrasadas que não foram afetadas pelas geadas.

O milho segunda safra está 86,9% colhido. Em Mato Grosso, a colheita está praticamente finalizada. Devido ao clima irregular, a produtividade foi muito heterogênea, com lavouras entre altos e baixos rendimentos no estado. Em Goiás, 90% da área colhida, restando lavouras mais ao leste do estado. A qualidade dos grãos reduziu muito nas últimas áreas colhidas. No Paraná, o tempo seco acelerou a maturação dos grãos, resultando em um salto na colheita, que já ultrapassa o percentual do ano passado. Apesar dos problemas climáticos, a qualidade dos grãos não está muito ruim e as maiores perdas ocorrem para os grãos gessados.

No feijão segunda safra a colheita foi finalizada na Bahia na última semana. A produção no estado foi boa, com as lavouras de feijão cores irrigado apresentando rendimento satisfatório, assim como àquelas de feijão caupi sequeiro. Além disso, houve aumento na área plantada em comparação à safra 2019/20, para os dois tipos de feijão. Isso influenciou diretamente no total obtido no estado. Na terceira safra em Goiás, a colheita está próxima a 90% da área semeada. Houve registro de replantio nas lavouras do sudoeste do estado, podendo postergar a conclusão das operações. Em Mato Grosso, o clima quente e a baixa umidade do ar favorecem a maturação dos grãos, acelerando as operações de colheita, que já se aproximam da metade da área total semeada (cerca de 46%). Vale ressaltar que o feijão terceira safra é cultivado sob irrigação e apresenta, normalmente, bons rendimentos no estado.
 

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