O leilão de contratos de opção de venda de café desta quarta-feira (25 de agosto) não deve apresentar uma grande demanda, com ampla chance de repetir uma fraca procura, como ocorreu nas últimas duas operações, quando menos de 1,0% da oferta de contratos foi adquirida por produtores/cooperativas. A avaliação é de corretores que atuam nas principais Firmas Corretoras participantes dos leilões. Portanto, mesmo que os preços tenham caído no mercado físico em relação a outras semanas, ainda assim a demanda não deve voltar ao nível das primeiras operações.
Segundo fonte de uma das principais corretoras participantes no leilão, o preço de mercado ainda está acima do preço de exercício, que é de R$ 130,00 a saca para o arábica e de R$ 76,00 a saca para o robusta, para vencimento em dezembro, apesar da recente queda no
mercado internacional. O corretor observa que para vender uma bica boa no mercado a R$ 137,00 a saca o produtor já está relutante, não vai se atrair a comprar contratos que garantam menos que isso para dezembro. Para a fonte, somente com uma demanda de 60% a 70% dos contratos de arábica o mercado vai entender que a operação valeu a pena.
"Se vender 10%, 20% ou 30% da oferta, o mercado ainda vai entender que o resultado foi fraco", observou a fonte. O corretor destaca que a opção é um seguro barato que o produtor/cooperativa pode fazer. Outro corretor diz que o produtor deveria buscar estas opções. "Mas não sinto esse interesse, o que é uma pena, já que o produtor está perdendo esta oportunidade de fazer um seguro barato de preço", avaliou o corretor. Além disso, a fonte diz que os preços em NY podem cair mais, o que pressionaria o mercado interno mais para baixo. O que tem sido favorável a manutenção dos preços no mercado físico é a posição do dólar em constante elevação e a postura defensiva do vendedor.
Uma terceira fonte consultada, também de uma corretora participante dos leilões, admitiu que pode haver algum interesse depois das recentes baixas no mercado internacional. No entanto, o fator limitador é que o preço no mercado físico segue acima de R$ 130,00 para o arábica. "Podemos ter no máximo 20% a 30% dos contratos de arábica absorvidos", disse o corretor.