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Leilão de Pepro não resolve excesso de oferta de milho na Bahia

O último leilão comercializou apenas 13,4% das 120 mil toneladas de milho ofertadas


Os programas de subvenção econômica do Governo Federal para garantir o preço mínimo do milho aos produtores rurais do oeste da Bahia não estão sendo eficientes. Apesar dos preços praticados pelo mercado estarem 30% abaixo do preço mínimo do produto, o quarto leilão de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor – PEPRO, nº 164/10, do ano, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab-Mapa) no Oeste da Bahia, comercializou apenas 13,4% das 120 mil toneladas de milho ofertadas na última quinta-feira, 08 de julho.

Este fato deixa clara a necessidade de ajustes nos programas, inclusive, já demandadas pelos produtores através da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Grãos da Bahia, por meio de cartas ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, e ao Departamento de Comercialização e Abastecimento Agrícola e Pecuário (Deagro-Mapa). Entre as sugestões apresentadas, destaca-se a ampliação do prazo de 30 dias para 120 dias, para o produtor, a partir do remate do prêmio no leilão, efetuar a venda do produto. De acordo com secretário executivo da Câmara, Sérgio Pitt, essa medida é necessária para reduzir a pressão de venda. “Com essa condição o produtor tem mais tempo para vender o produto”, conta.

Também já foi pedida pela Câmara a mudança do sistema atual de comprovação de venda dos leilões, pelo qual o produtor fica refém dos poucos compradores que manipulam os preços de mercado. O comprador condiciona deságios para fornecer a prova da compra do produto. A Câmara sugere que a comprovação seja feita utilizando informações das Secretarias de Fazenda dos Estados envolvidos.

No mês passado, a Câmara Setorial entregou ao ministro Wagner Rossi um pleito com diversas sugestões de mudanças no programa visando a aumentar a eficiência dos mecanismos de subvenção. Uma delas é a retirada de parte do excedente de milho existente no mercado para equilibrar oferta com demanda, através do programa de Aquisição do Governo Federal (AGF).

“O leilão é um bom instrumento, mas não resolve o problema do excesso de oferta de milho na região”, conta Pitt. Segundo ele, para equilibrar oferta e demanda é necessário tirar o milho do mercado interno para que a oferta excessiva deixe de pressionar os preços. “Se o produto sai de circulação, é possível sustentar o seu preço”, conta Pitt. As informações são de assessoria de imprensa.

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