Pouco mais de dois anos após sua criação, a Central Leite Nilza avança na estratégia de crescer, ao mesmo tempo em que busca reduzir a dependência de terceiros na captação de leite, e já estuda nova abertura de capital.
Criada em agosto de 2001, por meio de uma joint venture entre a Cooperativa Nacional Agroindustrial (Coonai), de Ribeirão Preto (SP), e as mineiras Cooperativa Agropecuária do Sudoeste Mineiro (Casmil), de Passos, e Coopercarmo, de Carmo do Rio Claro, a central acaba de incorporar a Cooperativa de Laticínios de Piumhi (Cooperlat), no oeste de Minas. É a terceira cooperativa a se filiar à central após a abertura de capital definida no fim de 2002, que colocou à venda 32% do capital da empresa. Antes dela, foram as também mineiras Cooperativa de Sacramento (Coasa) e Cooperativa Agropecuária dos Produtores Rurais de Iturama (Capril). Pela entrada na central, a Cooperlat pagou R$ 1,3 milhão.
Com a Cooperlat, a Leite Nilza passará a captar mais de 550 mil litros de leite por dia para uma industrialização de 750 mil litros. A diferença é captada no mercado de terceiros. Antes da abertura de capital, a central captava 370 mil litros de leite diariamente, com uma industrialização de 500 mil litros/ dia. "O objetivo (com as incorporações) é depender menos do spot", afirma Alexandre Maia Lemos, presidente da Central. Segundo ele, a Cooperlat, que hoje capta 18 mil litros diários, passará a 30 mil litros em junho de 2004 e buscará a meta de 50 mil litros diários nos próximos dois anos.
A estratégia da Leite Nilza de agregar cooperativas para ampliar a produção já mostra resultados, segundo Lemos. Em agosto de 2001, a empresa tinha 6% do mercado de longa vida no interior de São Paulo. Hoje tem 19%, conforme levantamento do Ibope Latin Panel, citado por Lemos. O faturamento também vem crescendo de forma expressiva. Foram R$ 160 milhões em 2002, e a previsão é chegar a R$ 270 milhões este ano.
Para continuar crescendo no mercado consumidor, a Leite Nilza também busca ampliar a industrialização para 1 milhão de litros de leite por dia no fim de 2004. Para isso, no entanto, terá de aumentar sua captação de leite. "O conselho de administração deve decidir este ano se serão feitos contratos com outras cooperativas ou uma nova abertura de capital", revela Lemos. Ele estima que se a segunda opção for escolhida seria necessário abrir cerca de 50% do capital.
Além do aumento da industrialização em 2004, a Leite Nilza planeja o lançamento de novos produtos no início do próximo ano, como uma linha de achocolatados e creme de leite. Com cerca de 5,1 mil fornecedores de leite ligados às seis cooperativas, a Central Leite Nilza tem fábricas em Ribeirão Preto (SP), Brodósqui (SP) e Capetinga (MG).
Conteúdo exclusivo para Cadastrados
Se você tem cadastro no Agrolink, faça seu login ou faça cadastro no Agrolink de forma GRATUÍTA
e tenha acesso aos conteúdos do site.
Não tem conta? Cadastre-se aqui