Liquidez marca temporada de ovinos

Liquidez e preços recordes marcaram a temporada de remates de ovinos de verão 2004/05 no Estado, conforme números da Knorr Remates, responsável pela maioria dos leilões no período. Os pregões oficiais mais representativos comercializaram 2.864 exemplares a R$ 1.352.091,00, incremento de 57,1% em relação ao ciclo anterior. No circuito passado, 2.290 cordeiros, borregos, ovelhas e carneiros renderam R$ 860,5 mil. Na comparação entre os remates da Cabanha Cerro Coroado, na região Metropolitana; Texel São Dionísio, em Bagé; Remate Cabanha Paraísos, Herval; Mercotexel, Livramento; e os leilões da Feovelha, em Pinheiro Machado; realizados neste e no verão passado, o saldo é de R$ 313.564,00. Um dos diferenciais no faturamento foi a 1ª edição do Texel Seleção, em novembro último em Canela, que faturou R$ 177.940,00 na venda de 35 machos e fêmeas da raça e duas Dorper. O leiloeiro Eduardo Knorr destacou a retomada da procura "forte" por criatórios de outros estados. Para Marcelo Silva, presidente do Sindicato dos Leiloeiros do RS, além do Texel, o destaque foram as raças laneiras, especialmente Corriedale, que venderam bem, apesar da queda do dólar . "O pessoal valorizou a mercadoria. A genética deu referencial positivo e a tendência é que, na Expointer 2005, atinja valores acima de R$ 20 mil pelos campeões."

O presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Ovinos (Arco) estima terem sido comercialziados 7 mil cordeiros em todas as feiras e remates. "Os preços estão dentro da realidade, bem superiores ao de bovinos." Silva ressalta não ter havido aumento real na produção de cordeiros. "A tendência é que se intensifique devido à oferta reduzida e mercado valorizado. O custo de produção está alto e a mão de obra qualificada cada vez mais escassa."