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Logística segura avanço do Brasil

Gargalos de infraestrutura e política que permeiam o trio sul-americano evitam melhor quadro


O quadro atual é positivo para Brasil, Argentina e Paraguai, mas melhor seria se não houvesse os gargalos de infraestrutura e política que permeiam o trio sul-americano. O consultor em gerenciamento de risco da FC Stone, Glauco Monte, diz que, entre os três vizinhos, o Brasil é maior prejudicado no agronegócio.


“Além do problema de logística, que eleva os custos de produção, o país sofre com o câmbio interno desvalorizado”, analisa. Segundo ele, a eficiência dos portos impede que o país exporte mais. Já os argentinos sofrem com as taxações do governo para as exportações do complexo soja. “Mesmo assim, eles conseguem ser o maior player no mercado de farelo e óleo de soja da América do Sul”, lembra o analista. Além disso, os “irmãos” portenhos ganham competitividade por conta do câmbio mais atrativo à exportação do que no Brasil. E, quando o assunto é logística, também há vantagem argentina sobre o Brasil, onde a distância média entre regiões produtoras e portos chega a 700 quilômetros, passando de 2 mil em Mato Grosso. No território vizinho, essa distância é de 300 quilômetros.

Considerado menos importante devido à baixa representatividade no quadro local – 8,1 milhões de toneladas de soja para a safra de verão –, o Paraguai se destaca pela ausência de um câmbio, o que facilita e contribui nas negociações agrícolas, que têm como base a moeda norte-americana. O país exporta 75% de sua produção, considera o Departamento de Agricultura dos EUA.

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