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Lubrificante de soja pode movimentar elevador da Estátua da Liberdade


Lubrificantes, tintas, plásticos e biodiesel são alguns dos novos usos que pesquisadores brasileiros e americanos vêm dando à soja. Nos Estados Unidos, lubrificante de soja poderá ser usado para movimentar o elevador instalado na Estátua da Liberdade. Esse é um dos projetos conduzidos pela pesquisadora Sevin Erhan, da área de óleos vegetais para usos em alimentos e em produtoras industriais, do Centro Nacional de Pesquisa para Utilização de Produtos Agropecuários do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que apresentaram, ontem, dia 4, as inovações americanas nessa área, no II Congresso Brasileiro de Soja, promovido pela Embrapa, em Foz do Iguaçu, PR, de 3 a 6 de junho. "Estamos negociando para que todo o serviço público americano passe a utilizar produtos biodegradáveis", diz.

Imprimir jornais com tinta de soja já é uma realidade nos Estados Unidos, tanto que 80% da imprensa utiliza o produto. A tinta é composta de 20% de pigmento e 80% de óleo de soja e dispensa o uso da resina, tornando-se economicamente viável. A ausência de resina facilita também o processo de reciclagem de papel, porque a tinta de soja quando processada, solta-se do papel com facilidade. "Além disso, essa tecnologia permite produzir um produto mais brilhante e de melhor qualidade".

Outro uso da soja é na produção de spray que pode derreter o gelo acumulado nas asas de aviões. Atualmente, o material utilizado é à base de diesel, o que provoca alergias aos aplicadores dos produtos, além de deixar as pistas de trânsito de aviões mais escorregadias.

As pesquisas americanas são feitas em parceria com as indústrias e com as universidades, tanto que empresas como a Nike, Caterpillar e McDonald's procuram o USDA para desenvolver produtos específicos a base de soja que possam dar um diferencial a seus produtos. "O McDonald's está interessado em usar tinta de soja para imprimir toda a papelaria da rede. A Nike está interessada em usar material de soja na sola dos tênis para diminuir o impacto com o solo", exemplifica.

Biodiesel - O professor Paulo Suarez, da Universidade de Brasília, vai apresentar durante o II Congresso como a soja pode ser usada de matéria-prima para produção de biodiesel, dando o exemplo do Brasil. O óleo de soja passa por processos químicos que garantem melhoria na combustão, quando misturado ao petróleo. A grande vantagem do biodiesel é que o produto chega a reduzir em até 20% os níveis de poluição causados pelos petróleo.

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