Lucas do Rio Verde, no médio-norte, é o primeiro município a colher soja no Brasil. Nesta semana as colheitadeiras iniciaram a safra que foi plantada em setembro, e que tem ciclo vegetativo de 100 dias. A produtividade dessa soja fica abaixo da média estadual, mas os agricultores não perdem com isso. Ao contrário, ganham, porque encontram o mercado desabastecido e recebem preço melhor.
O dono da fazenda Branca, Joci Piccini, está colhendo 1.500 hectares (ha) de soja. A produtividade, de 2.880 kg/ha, é baixa se comparada com a média do município, de 3.300 kg/ha. Em compensação Piccini tem mercado garantido oscilando de R$ 40 a R$ 42 por saca de 60 kg, preço que não deverá ser alcançado em março, no pico da safra brasileira.
Piccini e o produtor Natal Deliberali, também de Lucas do Rio Verde, foram os primeiros a colher, no começo da semana. Posteriormente a safra se espalhou. Em Sorriso, Tapurah, Nova Mutum e Santa Rita do Trivelato, também no médio-norte, a colheita começou, ontem. Na segunda quinzena, a safra atinge o pico na região.
Lucas do Rio Verde tornou-se local de abertura de safras nacionais, em 97 e 98, em solenidades prestigiadas pelo então ministro da Agricultura, Arlindo Porto. Sorriso, que também está colhendo, é o maior município produtor de soja do mundo e responde por aproximadamente 3% dos grãos brasileiros. Sua área plantada é de 520 mil ha com estimativa de safra de 1.716.000 toneladas.
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