Maiores frigoríficos brasileiros devem ir ao mercado

A estimativa de analistas de mercado é que até o ano que vem os cinco maiores frigoríficos brasileiros estejam na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Até o momento, três deles já abriram capital. Independência e Bertin, respectivamente, quinto e segundo colocados no ranking de exportação, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - anunciaram que devem solicitar a autorização à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Ambos dizem que estão se reestruturando para fazer a abertura.

Apenas o Independência definiu data: entre o final deste ano e 2008. Entre os 10 maiores, o Quatro Marcos, também está se preparando para entrar na Bovespa, sem data definida.

Segundo Fabiano Tito Rosa, analista da Scot Consultoria, lembra, no entanto, que apesar de ainda não terem aberto capital, o Independência e o Bertin estão fazendo investimentos. "Eles podem entrar na bolsa depois, mas não vão ficar para trás", afirma.

O primeiro a abrir capital foi o Friboi, em março deste ano. Na época, a empresa captou R$ 1,6 bilhão com 200 milhões de ações ordinárias. Ontem, as ações do frigorífico subiram 2,73%, avaliadas em R$ 9. Na abertura de capital valiam R$ 8. Naquele dia, as ações foram desvalorizadas.O Marfrig captou R$ 1 bilhão com a oferta de 60,3 milhões de ações. No pregão de ontem, as ações do grupo valorizam-se 1,90%, encerrando a R$ 20,89. Na abertura de capital, no mês passado, valiam R$ 17. Na abertura, as ações da empresa se valorizaram. O Minerva entra na Bovespa com ações a R$ 18.

O prospecto do Friboi destinava 70% para investimentos, enquanto o do Marfrig, 30% para investimentos, igual valor para ativos fixos, 25% para capital de giro, 10% para pagamento de dívidas, e 5% para sistemas administrativos.