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Mais incentivos para aquicultura no Brasil

Capacitação do SENAR e incentivos do Governo podem alavancar o setor


Capacitação do SENAR e incentivos do Governo podem alavancar o setor

“A nossa produção de camarão é uma das mais fortes e competitivas do mundo. Somos exportadores do produto para grandes centros comerciais como a Europa, e isso só é possível por conta do nosso dever de casa bem feito. Os nossos produtores de pescado são corretos nos seus trabalhos e sabem que esse mercado é pujante. Acredito que seremos muito maiores se tivermos mais incentivos”, disse José Álvares Vieira, Presidente do Sistema FAERN/SENAR, durante a 2ª reunião da Comissão Nacional da Aquicultura da CNA.

A reunião foi realizada nesta segunda-feira, 6 de junho, em Natal, para discutir o o pescado e todas as formas de como melhor aproveitar esse filão para o incremento da economia brasileira.

No encontro, diversas autoridades da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), ligadas ao mundo da aqüicultura explicaram os seus motivos para, tanto os governos, quanto o empresariado, voltarem os seus olhos para esse mercado em constante expansão.

De acordo com a presidente da comissão Nacional de Aqüicultura da CNA, Miyuki Hyashida, o Governo está ciente do potencial aquícola brasileiro. Ela lembrou da conversa que teve no final de maio com a ministra da Pesca e Aquicultura, Ideli Salvatti, onde tratou de apresentar as demandas da entidade ao Governo federal. “Os pedidos incluíam ações como o apoio para capacitação de mão de obra na atividade aquícola, e na ampliação da produção de pescados, licenciamentos ambientais para criações e medidas para reduzir o custo de produção, como a redução da tarifa de energia elétrica e da carga tributária que incide sobre a cadeia produtiva”, lembrou Hyashida.

Treinamento

Na reunião em Parnamirim, o presidente do Sistema FAERN/SENAR, José Vieira, informou aos membros da comissão que uma boa ajuda aos produtores rurais é fornecida pela instituição, com os vários cursos voltados para o aproveitamento do pescado. “Aqui mesmo, nesse centro de treinamentos, já capacitamos diversas pessoas com os cursos de beneficiamento do pescado. Aulas que proporcionaram um novo prisma para esses produtores em relação ao produto” ressaltou Vieira.

Pesquisador da Embrapa fala sobre impulso ao pescado nos próximos anos

Na reunião, uma das palestras mais abrangentes foi a que tratou sobre o futuro da atividade pesqueira no Brasil. Desenvolvida por Carlos Magno Campos da Rocha, pesquisador aposentado da Embrapa. A palestra versou sobre todos os números da pesca no país e os entraves e soluções para essa atividade.

De acordo com Rocha, a produção do pescado no Brasil aumenta a cada ano e muitos produtores rurais já perceberam o imenso potencial desse campo para alavancar as suas produções. “Quando comecei na Embrapa, aqüicultura e carcinicultura eram coisas de outro mundo. Produtor rural não queria saber disso. Aqui no Brasil só se pensava em bois e vacas. Peixe? Isso não passava de sonho. E agora, como é a nossa realidade? por isso aposto com tanta firmeza nesse setor. As feiras e os negócios sendo firmados em volta do pescado estão ai para todos observarem. As exportações de camarão do RN estão ai, será que ninguém vê?”, perguntou Rocha.

Rocha ainda explicou que os bons números da pesca no Brasil poderão aumentar a níveis nunca vistos, mas que isso somente dependerá de vontade política e empresarial.

Incentivos

"É necessário criar uma política de incentivos ao setor, reduzindo os impostos cobrados, facilitando a aquisição de equipamentos e embarcações e treinando o pessoal. E isso é fundamental: treinamento, capacitação profissional. Sem isso, só gastaremos o dinheiro da União com a construção de prédios e isso, definitivamente, não irá colocar o país em outro patamar nas pesquisas sobre o pescado”, finalizou Carlos Magno Rocha. (Assessoria de Comunicação do Sistema FAERN/SENAR)

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