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Mamona sem demanda

Pequenos produtores estão colhendo a mamona. Mas não têm pra quem vender porque a usina de biodiesel da região está parada


No Ceará, pequenos produtores estão colhendo a mamona. Mas não têm pra quem vender porque a usina de biodiesel da região está parada.

Dona Antônia faz parte do grupo de produtores de Crateús, região norte do Ceará, que investiu na produção de mamona para abastecer a Brasil Ecodiesel, usina extração do biodiesel com sede no município.

“Eu estou colhendo, vou guardar para quando aparecer comprador... vamos ficar na esperança de vir alguém comprar este produto”, diz Antônia Sabóia, agricultora.

No mês passado o globo rural mostrou o drama desses agricultores. Desde então, a Brasil Ecodiesel não voltou às atividades e, portanto, não comprou a produção de mamona como havia sido acordado.

Com a paralisação da usina, a Petrobras manifestou a possibilidade de comprar a mamona, mas os agricultores dizem que ainda não foram procurados.

“Eu vou guardar até aparecer um comprador. Ninguém ligou para mim”, diz Raimundo Raposo, agricultor.

Como nenhuma empresa entrou em contato com os produtores da região e a mamona já está no ponto de colheita, eles estão tirando a planta e secando para armazenar. E vão deixar guardada enquanto esperam por um comprador.

A Brasil Ecodiesel nos informou que vai honrar os quatro mil contratos com os pequenos produtores da região. A compra da mamona, segundo a empresa, deve começar em setembro.

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