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Mandioca/Cepea: Baixa oferta e demanda firme elevam preço da raiz

A baixa oferta de mandioca e a demanda industrial firme vêm impulsionado fortemente as cotações da raiz, segundo indicam pesquisas


A baixa oferta de mandioca e a demanda industrial firme vêm impulsionado fortemente as cotações da raiz, segundo indicam pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. Em setembro/16, o preço médio a prazo da raiz de mandioca foi de R$ 396,93/tonelada, alta de 8% frente à de agosto. Em relação a setembro/15, a média atual está 2,6 vezes maior, em termos reais (valores foram atualizados pelo IGP-DI de setembro/16).

Segundo pesquisadores do Cepea, a menor disponibilidade de lavouras de segundo ciclo de mandioca é um dos motivos para a baixa oferta atual. Como a demanda industrial está firme, há disputa pela matéria-prima entre as empresas e muitas unidades precisam se abastecer em regiões mais distantes. Nesse cenário, dados do Cepea mostram diminuição no volume de mandioca processado. Em setembro, 169,5 mil toneladas de mandioca foram processadas, 36% menos que em agosto e 44,7% abaixo da quantidade de setembro/15. O rendimento médio de amido – considerando-se a balança hidrostática de 5 kg – ficou em 545,48 gramas, 2% inferior ao apurado em agosto e 4,6% abaixo do de setembro/15.
 
Regionalmente, a média mensal de Mato Grosso do Sul aumentou 10% de agosto para setembro, a R$ 371,43/t, de acordo com dados do Cepea. No Paraná, a alta mensal foi de 8,6%, a R$ 421,74/t. A média do estado de São Paulo – representada pela região de Assis – subiu 6,3% em setembro, a R$ 324,93/t.
 
Fécula e farinha 
– A produção de fécula de mandioca foi de 45 mil toneladas em setembro, 37% abaixo do volume de agosto. A queda se deve à menor oferta de matéria-prima e à diminuição no rendimento de amido das raízes. No acumulado deste ano (até setembro), entretanto, a produção nacional soma 575,7 mil toneladas, 5,1% acima da do mesmo período de 2015.
 
Pesquisadores do Cepea indicam que vendedores de fécula vêm tendo dificuldades no repasse do aumento da matéria-prima ao produto final, contexto que mantém reduzido o volume de negócios. O preço médio a prazo (FOB fecularia) da fécula de mandioca foi de R$ 2.240,64/t em setembro, alta de 6% em relação ao mês anterior e quase o dobro do verificado em setembro/15.
 
Já o mercado de farinha de mandioca está mais aquecido, com mais negócios efetivos, especialmente ao Nordeste. Em setembro, o valor médio a prazo (FOB farinheira) da saca de 50 kg da farinha de mandioca fina branca/crua tipo 1 foi de R$ 101,28, alta de 1,1% frente ao mês anterior. A farinha de mandioca grossa branca/crua tipo 1 se valorizou 2%, a R$ 81,42/saca de 40 kg.

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