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Manejo de lagartas demanda atenção ao clima

MIP é a recomendação


Foto: Marcel Oliveira

O monitoramento e o manejo de lagartas da soja demanda atenção do produtor ante seca prolongada e chuvas irregulares. De acordo com o engenheiro agrônomo Marcelo Lima, gerente de Pesquisa & Desenvolvimento da AgBiTech, lembra, por exemplo, que a ausência de chuvas acelera o metabolismo de espécies de lagartas.

“Tempo seco potencializa aumento mais rápido de gerações de lagartas da soja, ao mesmo tempo que prejudica o desenvolvimento de inimigos naturais dessas pragas”, resume Lima. “Esse cenário dificulta a boa cobertura na aplicação dos inseticidas nas lavouras, em virtude da baixa umidade e alta temperatura, e reduz o nível de controle das pragas”, completa.

Para o engenheiro agrônomo Guilherme Ohl, sócio da Ceres Consultoria Agronômica, empresa com forte atuação da região do cerrado, as principais recomendações de momento ao produtor de soja são o monitoramento da presença de lagartas nas lavouras e a correta avaliação do nível de dano associado a esse quadro. “Infelizmente nem todo produtor faz o monitoramento, apesar dos vários recursos disponíveis para isso hoje em dia.”

“Com as ferramentas de que dispomos hoje, o MIP ou manejo integrado de pragas é a melhor estratégia a recomendar. A diversidade de produtos químicos, biológicos, baculovírus, nos dá diferentes opções de estratégia para combater lagartas com eficácia”, acrescenta Ohl. “Temos ainda a oportunidade de fazer uma lavoura mais limpa, mais sustentável, com inseticidas biológicos específicos. Estou muito satisfeito com o desempenho dos baculovírus, eles vieram realmente para ficar na agricultura brasileira”, conclui.
 

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