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Manejo do milho: adubação com o nutriente certo e na dose recomendada

O produtor de grãos deve sabel qual é melhor época para a planta e se aplicação será via solo, foliar, a lanço ou no sulco


Como a adubação do milho é baseada na expectativa de produtividade, geralmente no milho safrinha o investimento é menor. A melhor estratégia no manejo do milho é sempre realizar a adubação seguindo a análise de solo e a produtividade esperada.

Durante todo o processo de manejo do milho, o ponto mais importante para o sucesso da adubação é utilizar a fonte certa, na dose recomendada, na época de maior exigência da planta e no local adequado, que pode ser solo ou foliar, a lanço ou no sulco, a depender do nutriente e da dose.

Manejo do milho

Para orientar o produtor em todas as etapas do manejo do milho, a Embrapa Milho e Sorgo produziu uma cartilha com dicas para todas as fases da produção, confira o material aqui. No caso da adubação, os especialistas da entidade explicam com alcançar as metas de produtividade com adubação.

Adubação a lanço

A adubação a lanço é recomendada para otimizar o rendimento operacional no plantio e pode não ser a melhor estratégia em algumas situações, principalmente quando se refere à adubação fosfatada e em anos onde a chance de restrição hídrica tende a ser mais severa.

Segundo a Embrapa, a adubação a lanço normalmente resulta em crescimento radicular mais superficial, predispondo as culturas a sofrerem antecipadamente o estresse durante os veranicos. O fornecimento de nutrientes deve ser dimensionado a partir dos requerimentos de todas as culturas que compõem o sistema em rotação ou sucessão.

Ou seja, toda vez que o agricultor aduba o milho com quantidades abaixo das necessárias para repor o que é exportado na colheita, há um empobrecimento das reservas de nutrientes disponíveis no ambiente solo e na palhada. Por isso, há necessidade de reposição de nutrientes não só pela adubação.

Fertilidade do solo

Segundo especialistas da Embrapa, áreas com solos de fertilidade construída distinguem-se das demais pelo seu histórico de manejo, em que aplicações sucessivas de corretivos e fertilizantes possibilitaram efeitos residuais cumulativos que acabaram por elevar certos atributos químicos da fertilidade, por exemplo, teores de fósforo (P), potássio (K), zinco (Zn) e bases trocáveis, para níveis interpretados como altos ou mesmo muito altos.

Geralmente, os casos mais emblemáticos de solos de fertilidade construída geralmente estão associados também ao manejo mais elaborado do sistema de produção, envolvendo plantio direto e uso de plantas de cobertura, o que confere benefícios adicionais ligados principalmente à presença de matéria orgânica no solo (MOS).

Produção de milho e soja

Embora num primeiro momento esse problema possa não ser percebido, influenciando a produtividade, o uso recorrente de uma adubação deficitária no milho ao longo de algumas safras acabará comprometendo o rendimento da própria soja.

Portanto, é fundamental que o produtor rural busque calcular o balanço de nutrientes no sistema de culturas praticado na fazenda (por exemplo, soja-milho safrinha), ponderando entradas (adubações) e saídas (exportações) conforme o manejo de fertilizantes e as produtividades alcançadas ao longo dos cultivos.

Caso contrário, segundo a Embrapa, pode-se incorrer em erros de manejo, com adubações insuficientes ou desbalanceadas frente às exigências nutricionais das culturas envolvidas.
 
Manejo de solo

O manejo eficiente da fertilidade do solo começa com o estabelecimento de um bom sistema plantio direto, que possibilite maior acúmulo de palhada e crescimento radicular mais profundo, fatores chave para o melhor desempenho das lavouras em condições sujeitas a déficit hídrico.

Desta forma, um perfil de solo com acidez corrigida e boa disponibilidade de nutrientes a maiores profundidades, assim como uma maior diversificação de culturas, incluindo plantas para a produção de palhada (por exemplo, consórcio milho-braquiária), devem ser objetivos dos agricultores que desejam avançar na busca por maior estabilidade de produção frente às inconstâncias climáticas na região do Cerrado.

“As possibilidades de redução nos custos de produção com adubações mais equilibradas e respeitando o ambiente de produção serão mais significativas com o tempo de manejo adotado”, afirma a Embrapa Milho e Sorgo.

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