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Manejo errado de carrapaticida cria parasita resistente a veneno

Pecuaristas desrespeitam forma adequada de aplicação do produto, que passa a ser ineficaz



O manejo inadequado de carrapaticidas está provocando o surgimento de parasitas resistentes a venenos. O alerta é do professor de clínica médica da Unirp, o médico veterinário Luiz Paulo Martins Filho. “As subdoses, a concentração inadequada do produto e a escolha errada da droga levam à resistência do carrapato”, afirma. O maior risco para o rebanho é o de desenvolver a tristeza parasitária, anemia que pode levar à morte. Segundo Martins Filho, criadores ligam freqüentemente para o hospital veterinário reclamando que os carrapaticidas deixaram de ser eficientes. A Companhia Paulo Emílio procurou a Unirp no ano passado para tratar de uma grave infestação que atingiu o rebanho de 180 cabeças de touros de rodeio. Os carrapaticidas aplicados não funcionam mais. “Alguns animais estavam com tristeza parasitária. Conseguimos controlar a incidência de carrapatos com vermífugo”, diz o administrador da companhia, Paulo Sérgio Mulato. Antes de adotar qualquer método de controle de carrapatos, o criador deve procurar um veterinário que faça a indicação do produto. “A eficiência no combate ao parasita varia de acordo com o número de carrapatos, a altura em que estão no corpo do animal, tipo e lotação de pastagem, grau de sangue europeu do rebanho, forma de aplicação do carrapaticida e, principalmente, a resistência que os carrapatos adquiriram aos produtos”, diz Martins Filho. Além de comprometer a saúde do rebanho, o manejo inadequado pode intoxicar o pulverizador e deixar resíduos no leite e na carne. “O carrapato causa enormes prejuízos à pecuária do país. Por isso é importante o sistema adotado ser eficaz.” Tristeza parasitária mata Os carrapatos causam muitos prejuízos a seus hospedeiros. O pior deles é a tristeza parasitária, uma forma de anemia que leva o animal à morte se não for tratada adequadamente. Segundo o veterinário Luiz Paulo Martins Filho, a tristeza parasitária atinge principalmente o rebanho leiteiro com índices expressivos de mortalidade. “Existem várias formas de tratamento dos animais infectados por agentes da tristeza, em que as chances de recuperação são de 100%, desde que eles sejam tratados logo no início da doença.”

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