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Mangalarga Marchador para todos

A meta do projeto, criado em 2010, é formar duas mil pessoas até o final deste ano


Um projeto que leva conhecimento para o criador e também gera mão de obra qualificada. Essa é a função principal do “Mangalarga Marchador para Todos – MMPT”, que já realizou de março de 2010 a outubro de 2011, 112 cursos de capacitação de mão de obra atendendo também novos criadores e possibilitando a expansão do conhecimento sobre a raça. A meta do projeto, criado em 2010, é formar duas mil pessoas até o final deste ano. Oferecido pela Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador – ABCCMM, o “Mangalarga Marchador para Todos” proporciona treinamento para criadores, tratadores, gerente de haras, universitários e outros públicos segmentados que têm ligação com a raça.
 
De novembro a dezembro deste ano ainda estão previstos 18 cursos. O programa oferece apoio e capacitação dos alunos e utiliza as exposições regionais com fins didáticos e de fomento. No curso de novos criadores, por exemplo, fazem parte da grade temas como manejo, nutrição, marcha e morfologia. “O resultado de tantas ações em um único projeto é a geração de emprego e o aquecimento do mercado”, destacou Magdi Shaat, presidente da ABCCMM.
 
De acordo com José Ferraz de Oliveira, coordenador do projeto, os cursos transitam por terras brasileiras e também no exterior. “O sucesso foi tanto que levamos o programa para outros países, como Alemanha e Holanda. No Brasil, já rodamos todos os nossos estados quebrando fronteiras com o conhecimento. E seguimos com o trabalho”, orgulha-se.
 
Um ponto forte da ação do MMPT é que o projeto oferece uma diversidade de cursos que atendem públicos diferenciados. O programa passa conhecimentos para alunos em graduação universitária, tem curso de equitação específico para mulheres, para novos criadores e para qualificar mão de obra. “É um leque que não deixa ninguém de fora”, comemora Ferraz.
 
Magdi Shaat ressalta que a falta de mão de obra qualificada no mercado foi um dos motivos para a disseminação do programa pelo Brasil ter sido tão acelerada. Ele acredita que o projeto veio para suprir uma demanda que urge com o crescimento acelerado da raça no mercado de equideocultura, pois, apesar de a raça ser um bom negócio, é preciso entender do assunto para se chegar ao sucesso. “Temos dois cenários: quem faz o curso em busca de uma oportunidade e outros que finalizam o curso com a oportunidade garantida, além do criador, que precisa capacitar seu staff, seja no haras ou numa fazenda”, concluiu o presidente.
 
SOBRE A RAÇA:
 
A ABCCMM estima que o Brasil possua 27 mil criadores da raça, sendo cerca de 6 mil associados. A raça Mangalarga Marchador é tipicamente brasileira e possui mais de 200 anos. Registros mostram que Gabriel Francisco Junqueira, o barão de Alfenas, da Fazenda Campo Alegre, em Cruzília, no sul de Minas, é o criador da raça. Os documentos mostram que ele cruzou com éguas nativas no sul de minas com um exemplar da raça Alter, originário da Codelaria Real Alter do Chão, de Portugal, cujos primeiros indivíduos chegaram ao Brasil em 1.808, trazidos pela Família Real portuguesa. Os cruzamentos deram origem a animais de porte elegante e temperamento dócil, próprios para montaria, com equitação diferenciada e adaptação aos diversos tipos de terreno dentro e fora do país. Também é valorizado por sua versatilidade, pois serve para lazer, esporte e equitação de trabalho (como trabalho na fazenda, equitação campeira e equitação clássica).

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