O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) dispõe de um importante instrumento de controle e acompanhamento do fornecimento de vacinas veterinárias: a Central de Selagem de Vacinas (CSV). Constituída em parceria com o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), entidade que reúne os laboratórios veterinários que atuam no país, a unidade – instalada em Vinhedo (SP) – representa papel relevante para o governo federal no combate à febre aftosa e na garantia da qualidade da vacina, prioridade do governo Lula e do ministro Roberto Rodrigues.
Silvio Cardoso Pinto, coordenador da Central de Selagem de Vacinas, explica que o órgão foi criado inicialmente para apoiar o Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA), mas ganhou importância devido ao trabalho sério que realiza. Com isso, também passa a centralizar a distribuição de outras vacinas utilizadas em campanhas públicas. “O trabalho da CSV começou com a vacina contra aftosa e depois incorporou a vacina contra a raiva dos herbívoros. Atualmente, todos os fabricantes da vacina anti-rábica dos herbívoros já usam o selo holográfico nos frascos, garantindo a qualidade do produto. O próximo passo é adotar o mesmo procedimento de controle para as vacinas contra brucelose, cuja utilização passou a ser obrigatória em 2003”, explica Cardoso.
A Central de Selagem de Vacinas recebe as vacinas produzidas pelos diferentes laboratórios sob a supervisão dos fiscais do Mapa, confere os volumes produzidos e aguarda a coleta de amostras, enviadas aos laboratórios de controle do Ministério em embalagens lacradas por seus fiscais. As vacinas, então, ficam em uma área de quarentena até que os resultados dos controles sejam oficializados. Os lotes de vacinas aprovados são encaminhados para o setor de selagem, onde cada frasco recebe selo holográfico de segurança, produzido na Alemanha pelo mesmo fabricante da holografia das notas de euros. Após a selagem, as vacinas ficam à disposição dos laboratórios para livre comercialização. Já os lotes reprovados são retestados e no caso da comprovação da reprovação são encaminhados, sob fiscalização, para uma empresa incineradora.